segunda-feira, agosto 15, 2005
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Desventuras em Série |
Este final de semana assisti ao filme "Desventuras em Série".
Cenários e figurinos muito bonitos, cores esteticamente perfeitas, apresentação e encerramento com animações muito muito legais, e a menina que fez o papel da irmã mais velha dentro de um ou dois anos será um dos ideais da perfeição.
Uma pena que a história é umas das mais chatas que já vi em toda minha vida... É sobre crianças extremamente inteligentes que ficam orfãs, e à mercê de um tio que quer livrar-se delas para ficar com a herança da família. Tudo bem, roteiro padrão de pelo menos 100 contos infantis, isso estava dentro do esperado. Mas TUDO dá errado pra eles (claro, isso também era esperado, afinal o título do filme já dá uma idéia do conteúdo), e o sujeito que narra faz questão de acentuar o quanto a vida é horrivel e como tudo pode dar errado sempre. Aliás, surpreendeu-me ninguém ter citado lei de Murphy em momento algum.
É mais ou menos como se fosse as histórias da Poliana, só que ao contrário, mas tão repulsivo quanto. Enquanto Poliana diria algo como "nossa, estou com fome, frio, meu cachorrinho morreu e ainda por cima torço pro corinthians - mas graças a Deus não preciso uma perna mecânica, como a vida é feliz", em Desventuras em série o ritmo é "Puxa vida, preciso de uma perna mecânica, um transplante de apendice e ainda por cima há corvos bicando minhas feridas. Só espero que aqueles coiotes não olhem pra mim... OH NÃO!".
Tudo bem querer fazer uma história não tão feliz, em que as pessoas realmente tenham problemas e não se queira botar algum fundo moral, sou completamente a favor, mas não é necessário escrever uma novela mexicana para isso. Várias vezes torci para que no filme aparecesse algum urso vindo do nada e devorasse os três.
Acho que se não tivesse assistido de graça estaria revoltado de verdade. Desventura é pagar para ver aquela tranqueira.
posted by D. Vespa
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Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.