quarta-feira, novembro 30, 2005


Break

Dar "um tempo" é algo que requer parâmetros.
Não para se decidir se o tempo deve ser dado, mas sim se realmente o foi.

Por exemplo... você não pode pedir "um tempo" para sua namorada no sábado de manhã, passar o final de semana na farra e, quando a saudade apertar na segunda-feira, procurá-la como se nada - ou pouco - tivesse acontecido.

O "tempo", para ser dado, urge que sua namorada (então temporariamente "ex") tenha tempo de dar para mais alguém. Tipo, uns 4 ou 5 indivíduos diferentes. E é isso que ela vai fazer, mesmo que depois, ao ser procurada, diga que não o fez.
Um final de semana também não basta para você. É preciso ter tempo de ir em uns 4 ou 5 prostíbulos com os amigos, e gastar pelo menos uns novecentos mangos - mais da metade desse valor, pendurada no cartão de crédito, a ser paga em suaves 12 prestações, a 114% de juros ao ano. No final, ao reencontrá-la, você dirá para ela quantas comeu, mas que é dela que realmente gosta e que agora pode ter certeza absoluta disso. Claro, você não vai mencionar que eram todas putas pagas... afinal, é um detalhe sem importância.

Mas a questão é... se enquanto vocês estavavam distantes um do outro, eram delas, e não da Scheila Carvalho, as feições que vinham à sua mente enquanto você socava uma bronha, ficava claro que deveriam se reencontrar, e talvez (talvez) tentar novamente.

Quando novo, já cheguei a pensar que "dar um tempo" era artifício dos fracos. Pensava que se havia um motivo para se distanciar, não haviam motivos para se reaproximar.
Hoje não penso mais assim. Aceito melhor a minha humanidade, minha inconstância e minha capacidade de ligar a chave do foda-se.

E aqui estou. Voltando, de "um tempo".
Só não me perguntem se pensei em vocês durante minhas punhetas... a Scheila Carvalho me apetece muito mais.


posted by Pinguim




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Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.