terça-feira, março 14, 2006
Pois bem, pois bem...
Este ano desde seu começo tem sido deveras complicado, em vários níveis diferentes e não necessariamente ligados entre si, exceto por eu estar inserido neles.
Num deles, as turbulências das últimas três semanas levaram a um desfecho que até para mim foi inesperado na semana passada, embora a idéia já houvesse surgido um sem número de vezes na minha cabeça nos últimos tempos, não imaginei que atingiria o ponto de ligar o foda-se e chutar o balde e o que mais estivesse na frente para o alto. O caso é que me dei conta do quanto eu prezo o ambiente ao meu redor e que, por mais que eu goste das pessoas que estão nele, não adianta - eu dependo de verdade dele. Nunca tive problemas para lidar com pressões, por pior que estivesse a situação, mas enquanto eu percebia que havia mais alguém brigando pra coisa dar certo, eu continuava motivado a continuar tentando e tentando e tentando, porque boa-vontade já é mais de meio caminho andado para conseguir algo. Poucas são os lugares que tem preocupação real de manter pessoas em condições em que se sintam minimamente satisfeitas, e grandes são as queixas quando estas refletem essa indiferença. Contraditória estas queixas, beirando a boçalidade, eu diria, tal a falta de senso para enxergar o óbvio.
A verdade é que eu larguei um trabalho (tarefa que você realiza porque gosta, e que com ela consegue tirar também seu sustento) porque ele acabou virando um emprego (lugar que você faz o que te mandam só para tirar seu sustento). Não sei se foi prudente ainda, apesar de sair com base para me sustentar por alguns meses sem problema algum, mas posso dizer que a sensação de alívio após dizer que quer se desligar da empresa "porque já não se sente mais a vontade nela" é uma coisa que acredito eu é totalmente sem preço.
Melhor que isso, foi só escrever uma carta de despedida simpática e ao acrescentar um P.S., (post scriptum, não um pronto-socorro) após a assinatura dizendo "eu já votei no Lula" numa empresa onde o principal sócio tem quase um enfarto sempre que ouve o nome do presidente, o nosso Frodo-dos-pobres.
posted by D. Vespa
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Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.