terça-feira, agosto 01, 2006



Só pra não deixar passar em branco um ano de Whorpa, completos ontem, dia 1 de agosto de 2006, do alto de nossos 266 posts, 27 tiras, duas seções nunca iniciadas e uma entidade suprema postando conosco.

E só pra não deixar em branco também o final deste ciclo (engraçado, eu sabia que o 66 estaria presente no fim, dentro do pouco que me permito ser supersticioso e prevejo algo de vez em quando. Ou inconscientemente a coisa foi empurrada para que assim fosse, um dos dois).

Heresias, caso eu opte por continuar (eu gostaria, mas a frequência com que postei foi vergonhosa, não sei se vale a pena atiçar as pessoas deixando-as esperando tanto tempo por novas tiras, por mais divertido que isso seja), voltará em algum outro endereço aleatório da internet. Anuncio no meu flog (se quer o endereço, vide bula) caso o faça.

Espero que tenham feito bom proveito deste nosso tabernáculo de sandices, embora boa parte delas soem completemente lógicas (estas foram sempre as piores, penso eu) e, nas que soaram engraçadas, espero que tenham percebido o gosto da bile no final da coisa toda. Tal qual cervejas Stout, o gosto amargo no fim faz parte da graça. Somos/fomos pessimistas, sarcásticos, atacados pela realidade e, ao mesmo tempo que estávamos as voltas com isto, deixamos, por todo um ano, um pouco de tudo vazar para o resto do mundo no formato inocente de um blog metido a engraçadinho. Espero também que percebam que não precisam de nós para ter isso, assim como não se precisa de Deuses, Diabos, ídolos, líderes, apresentadores de tv, modelos para o que quer que seja, políticos, conquistas sociais ou qualquer outra dessas coisas que nós inventamos para passar nosso tempo e nos confundir ainda mais por aqui até ser enfiado dentro de uma caixa de madeira, ou numa urna de metal que parece uma tigela de missoshiru. Assim como não precisam de tudo isso, não precisarão de nós ou nenhum outro blog para criar suas próprias neuroses e desajustes/dessincronizações com o espaço-tempo. Vocês podem fazer isso sozinhos. Sério.

No mais, deixo um até breve. Continuarão a me achar pelos cantos da internet, normalmente mais próximo do que imaginam (dependendo dos sites por onde andarem), possivelmente blogando em algum outro canto, talvez ainda assinando Bardo. Ou não. Também continuarão a me encontrar por aí em pubs irlandeses, bares legais e esquisitos ou, num acesso de saudosismo, caído bêbado em algum canto sujo do Madame Satã ou ainda discutindo acaloradamente e acabando com mais dois ou três seres coisas que, se nos dessem ouvidos, resolveriam todos os problemas do mundo (ao menos assim parece por mais ou menos uma a duas horas). E para quem ainda não tem certeza sobre isso, não, Deus, eu e Duas-Caras não somos uma puta esquizofrênica com tripla personalidade que consome valium feito jujuba.

Enfim, obrigado a todos por tudo.

Vão pela sombra.


posted by D. Vespa




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quarta-feira, julho 26, 2006



Você compreende totalmente a frase "gozar com o pau dos outros" ( que é a versão 2000 de "fazer festa com o chapéu dos outros") quando você tem um chefe que tem um chefe, qualquer que seja o lugar em que se trabalhe.

É fácil mostrar serviço quando você pode mandar outro fazer por você e apresentar como da sua equipe, enfatizando o quão genial você vou na liderança, mesmo que se resuma a mandar a tarefa por outra pessoa sem te consultar do impacto que isso teria no seu trabalho, porque não teve culhão de te passar pessoalmente por medo de uma contra-argumentação lógica para não fazer ou fazer de outra forma.

Próxima encarnação eu venho como guaxinim, estou cada vez mais farto de pessoas.


posted by D. Vespa




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domingo, julho 23, 2006



Hoje o cão-guia de um cego me deu uma mordida na bunda, dentro da estação Clínicas do metrô.

Não doeu. Ele só fechou a boca o suficiente para se fazer sentir. Nem rosnou.
Acho que ele queria que eu saísse do caminho.
Coisa de profissional.


posted by Pinguim




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sábado, julho 22, 2006



Alguns pais mimam seus filhos em demasia, como se fossem animais de estimação.

Só se esquecem que animais domésticos podem ser mimados, porque nada se espera deles, além da companhia.


E, salvo o caso dos animais batizados com o nome "Chuck", eles não invadirão seu quarto na calada da noite para te matar a pauladas.


posted by Pinguim




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sexta-feira, julho 21, 2006


Utilidade Pública

Assistindo a alguns vídeos que recebi por e-mail, me ocorreu a idéia de que todo pai de filha adolescente deve, de vez em quando, verificar se a mesma não está rebolando pelada em frente a Webcam.


posted by Pinguim




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quarta-feira, julho 19, 2006


3 Últimos Livros - Notas Rápidas

Fogo nas Entranhas, Pedro Almodóvar

Divertido e rápido. Quase um livro de bolso (quase, porque no meu bolso não "cabeu"). Li enquanto tomava café da manhã.
Mas peca pelo prefácio da Regina Casé - que fica melhor fazendo filme pornô-trash do que escrevendo prefácios.


O Silmarillion, J.R.R. Tolkien

A obra menos conhecida do autor de O Senhor dos Anéis.
Extrema perceptividade, escrita de gênio; além de conter o melhor resumo de um livro de 1200 páginas que eu já vi:

"E com efeito foi isso o que aconteceu desde então: o Um, os Sete e os Nove foram destruídos; e os Três se acabaram. E, com eles, a Terceira Era terminou, e os relatos dos Eldar na Terra-média chegaram ao fim."


Do Outro Lado Do Muro, Alexandre Frota

Ganhei esse livro há uns 4 anos (não conto as circunstâncias nem sob decreto). Enfim, ontem tomei coragem para ler.
Só para constar:

- Alexandre Frota não sabe escrever (é um "livro-depoimento", escrito por uma terceira pessoa, não pelo próprio)
- Alexandre Frota não sabe somar, multiplicar nem dividir
- ele também não sabe subtrair
- mesmo assim, Alexandre Frota acha que é o Sun Tzu

Não é a toa que hoje tem tanto blogueiro de fim-de-semana escrevendo livro (e o que é pior, sendo publicado).


posted by Pinguim




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terça-feira, julho 18, 2006


Correria

O Blog não está abandonando, só estamos passando por alguns transtornos.
O meu principal é falta de net em casa e falta de tempo pra cuidar dessas coisas no trabalho.

Tenho saudade de quando conseguia escrever dois posts imensos por dia no escritório, lá pra 2001 ou 2002...


posted by D. Vespa




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Esse blog está cada dia mais parecido com aqueles botecos mexicanos de perto da fronteira dos EUA, onde se aparece uma vez por ano, toma-se uma tequila, vomita-se no chão e vai-se embora.

Não dá para beber tequila todo dia - embora o Bardo discorde.
E não dá para vomitar todo dia - embora muitas modelos (e o Bardo) discordem.


Já cheguei a deixar de blogar porque, num acesso de metodismo, reparei que não daria para terminar o que queria escrever antes da meia-noite, deixei para o dia seguinte, depois deixei para alguns dias depois, e acabei me esquecendo. Acredito que apenas virginianos entendem esse tipo de arroubo.


Legal seria tratar essa coisa de blog como d'antes, onde postava-se várias vezes por dia, por vários dias seguidos, mal se aproveitava 5% do que era publicado, e mesmo assim, volta e meia aparecia alguma louca querendo dar-me o cu, porque se excitava quando lia algumas linhas com as vírgulas nos devidos lugares. Bons tempos...

Talvez hoje, estejamos - eu e o Bardo, já que desde o começo Deus avisou que só faria participações especiais e as revisões - mais velhos, mais maduros, e menos confortáveis com o ato de blogar. Ou talvez tenhamos percebido que escrever em blog é mesmo coisa de viado, mas deixamos passar porque, afinal, o layout do Whorpa ficou realmente bem "bunitinho".

De qualquer modo, foda-se®... como dizia-se nos tempos monárquicos medievais... "que entrem os palhaços".


Em tempo... também acho horóscopo e zodíaco coisa de viado, mas acredito em coincidências e comportamento dirigido.
Mas isso fica para outro post.


posted by Pinguim




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Tenho certeza absoluta que o Olavo de Carvalho bate na própria mãe.


posted by Pinguim




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terça-feira, julho 04, 2006



Eu devia ter 14 ou 15 anos quando gastei mais da metade do meu salário (ainda não recebido, pedi um "vale") de office-boy nos quatro primeiros volumes de "Operação Cavalo de Tróia". Ganhava R$ 150,00 por mês, na época.

Havia ouvido falar da coleção por um amigo do meu pai, alguns bons anos antes.
Ele havia contado que a série narrava a história de um experimento secreto, onde algumas pessoas voltavam no tempo até a época de Jesus Cristo.
Não me importava tanto a história de Jesus Cristo (afinal, ela já estava na Bíblia), mas as palavras "experimento secreto" e "viagem no tempo" me interessaram muito, e me deixaram com aquilo na mente por muito tempo.

Quando me deparei com os livros, na estante de uma papelaria, voltei para o escritório e pedi o adiantamento para comprá-los. Este só me foi dado por tremenda complascência da minha superiora, diante do meu pedido (eu tinha fama de ser rato de livros).

Lembro de ter demorado quase um mês para ler o primeiro, mas de ter devorado em poucos dias os volumes seguintes - o terceiro foi lido em 2 dias.
Lembro de ter chorado em uma ou duas passagens do primeiro volume (ou teria sido do segundo?) - meio gay, eu sei.

Também lembro do filho-da-puta que me pediu o primeiro livro emprestado, praticamente novo, e de tê-lo devolvido num estado lamentável - o que me fez nunca mais emprestar meus livros para quem eu não tinha certeza que iria cuidar bem deles.

Os volumes seguintes foram saindo aos poucos, mais ou menos no intervalo de 3 ou 4 anos um do outro.

Terminei hoje de ler o sétimo volume da "obra".
Apesar de ter minhas reservas quanto a veracidade da história, de modo geral - e em muitos pontos específicos -, não posso negar o bom senso oriundo de boa parte das linhas narradas (ou ficcionadas) por quem quer que as tenha escrito.

Com exceção da minha mãe, ex-freira, e que achou o conteúdo técnico do primeiro volume muito maçante, todos que conheço e que leram a série, gostaram.

Fica a dica.


posted by Pinguim




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segunda-feira, julho 03, 2006


Reflexões sobre a Copa

Não é que o Brasil tenha, novamente, entregue o jogo... é que o contrato assinado em 1998 previa a venda de dois jogos, a serem pagos no prazo máximo de 10 anos.


A verdade é que até eu, que limpo a bunda com a bandeira do Brasil*, fiquei chateado com o resultado do jogo de sábado. E não só pela perda do semi-feriado de quarta.


Mas nada foi mais estranho do que ver uma das minha ex-professoras do colégio no programa do Kajuru (Jorge ou Sérgio, não lembro bem), na programação de domingo do SBT.


* já voltei a usar papel higiênico com extrato de Camomila... o pano da bandeira me dava muitas assaduras


posted by Pinguim




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Apenas no inverno os catarros conseguem ser tão maduros.

Pensar nisso me remete a minha infância... um dos meus primos tinha um sonho de, enquanto gripado, encontrar um cadáver na rua só para poder cuspir uma bolota verde no olho do defunto.

Crianças...


posted by Pinguim




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domingo, julho 02, 2006


Ó Raios!

Eu estou realmente chateado de não ter meio dia de folga na próxima quarta.

Será que os gajos me liberam pra ver o jogo de Portugal?


posted by D. Vespa




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.