quarta-feira, agosto 31, 2005


Constatação II

É a primeira vez na minha vida que tenho falta de acidez no estômago, e é uma sensação muito estranha.

Quero minha gastrite de volta.


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Grandes Gênios da Humanidade

"Homem é aquele que quer comer todas as mulheres do mundo enquanto sua esposa não dá para mais ninguém além dele."
Chico Anysio


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Cotidiano em trânsito
ou
Magneto's Crazy People Mode=On

Voltando de Belo Horizonte, à passeio.
Ônibus, 8 horas de viagem até a rodoviária do Tietê em São Paulo.
Viagem tranquila, metade dos assentos ocupados: todos aqueles que viajavam sozinhos conseguem se sentar sem ninguém ao lado - e ainda dizem que o ser humano é um animal social.

Ligo o radar e procuro qualquer coisa consumível entre as companheiras de viagem - eu sempre fico muito promíscuo quando saio da minha terra natal, e tenho como uma das minhas metas de vida comer uma mulher de cada estado do país.

Meu interesse fica dividido entre uma loira de altura (e bunda) cavalar e uma morena mais ou menos da minha altura.

Como a loira parecia ser mais inacessível, talvez por estar com uma amiga, talvez por não ser amiga e sim namorada, e daí talvez por ela ser sapatão, escolhi como vítima a morena.
E eu também não gosto de mulher estranha me olhando do alto. A gente não pode dar sensação de poder para essas porras...


Cabelos negros longos, a morena era bem bonita, e parecia estar me dando mole - se bem que eu sempre acho que todo mundo está me dando mole, então, vai saber...
Estava vestida de um jeito bem moleque que eu adoro... boné e jaqueta jeans, uma calça fina clara que deixava a panturrilha a mostra, e nela uma tatuagem média que eu não conseguia discernir bem qual era.

Na primeira parada, ela ficou no ônibus. Desci, jantei. Comprei um Suflair (aquela barra de chocolate aerado*) e voltei.

*chocolate aerado = chocolate com pouco chocolate


Indo para minha poltrona, no final do ônibus à direita, passei pela poltrona dela, no centro à esquerda. Falei que tinha comprado o chocolate para ela, entreguei e voltei para meu lugar, sem dar tempo para que ela falasse qualquer coisa.

Sentei-me e reparei que ela ficou alguns instantes olhando para mim, com uma cara que eu não sabia do que era.
Já com o ônibus em movimento, ela se levantou, veio até meu assento e perguntou se podia se sentar comigo. Benevolente, consenti, como se estivesse fazendo um favor. Ela voltou ao lugar dela, buscou a mochila de viagem, um discman, um urso de pelúcia e voltou.

Conversamos um pouco, ela perguntou o porquê d'eu ter dado aquele chocolate. Falei que não tinha porquê.
Perguntei se ela morava em Belo Horizonte ou em São Paulo. Ela disse que tinha ido passar duas semanas em BH, visitando alguns parentes e agora estava voltando pra casa - e lá se foi meu desejo de riscar o "mineira" da minha lista de fodas.

Foi então que ela comentou que tinha feito aniversário dois dias atrás.
Pensei... "é agora". Dei parabéns, falei que ela merecia um presente e já fui logo colocando a minha língua dentro da sua boca.


Ela perguntou se eu tinha sentido alguma coisa de diferente no beijo.
(foi a primeira vez que eu beijei alguém com piercing na língua)

Ficamos conversando e, entre uma apalpada e outra, não sei porquê o assunto caiu nisso:


- Eu já fiquei presa 2 anos.
- Sério? Porque?
- Tentativa de assassinato.
- Não brinca. Quem você tentou matar?
- Meu irmão.
- O que ele fez?
- Ele disse que ia me dedurar por causa de um cara que eu matei.
- Humm... e porque você matou esse cara?
- A gente se conheceu um dia numa boate, ficamos juntos e ele falou alto comigo. Quis ir embora, ele bateu em mim. E homem nenhum nesse mundo bate em mim.
- Sinto muito. Mas porque seu irmão queria te entregar?
- Porque eu já tinha tentado matar ele antes, e ele quis dar o troco.
- E ele te dedurou mesmo?
- Não. Desistiu, porque eu falei que da terceira vez não passava.


(confesso que até aqui eu estava achando que era tudo brincadeira)

- Faz quanto tempo que você saiu da cadeia?
- Quase 1 ano. Nossa, como sua mão está suando...
- É que o tempo está quente, não repara.
- Está nervoso?
- Eu não. Claro, comigo não tem problema, mas acho que você não devia ficar contando essas coisas pra todo mundo...
- Porque? Se você contar alguma coisa pra alguém, eu te caço como a um cão e te mato nem que seja no inferno.



Fiquei quieto, mas continuei lá sentado. Fui eu que comi o chocolate que dei pra ela.
Continuei acariciando-a e beijando-a de quando em vez, como antes. Ela não estava reclamando, e vai saber o que ia passar naquela cabeça se eu parasse? E salvo o susto e a apreensão por estar acompanhado por, no mínimo, uma doida varrida, aquilo me excitava um pouco.

O ônibus chega na rodoviária do Tietê, pouco depois da meia-noite.
Descemos juntos, depois dela ter pedido o meu número de telefone.
Ela diz:


- Espera um pouco aqui comigo. Se meu namorado não aparecer pra me buscar, a gente vai lá pra casa.
- Puxa, desculpa, mas eu moro em outra cidade e se eu não pegar o próximo ônibus, só vai ter outro daqui a 4 horas.
- Tudo bem então, eu te ligo durante a semana, tá legal?
- Claro, se cuida.



Me piquei dali, antes que o namorado dela - provavelmente um dos Irmãos Metralha - aparecesse.

Como tenho o hábito de passar telefone falso para aqueles sujeitos que nos abordam na Praça da Sé e nas feiras de informática tentando vender assinaturas de algum jornal ou revista - passo dados falsos para o formulário da assinatura só para ganhar o brinde que é entregue na hora -, realmente não tenho certeza se passei o número certo para ela.
Só sei que, se escrevi corretamente, a vagabunda ingrata nunca me ligou.


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terça-feira, agosto 30, 2005


Constatação

A prova de que não sou viciado em cafeína é que não tomo café desde sexta passada, devido a uma complicação estomacal, e até agora não senti nenhuma falta dela.

Tudo bem que hoje de manhã eu abri um buraco na parede enquanto batia com a cabeça, mas o que é que isso tem de anormal?


posted by D. Vespa




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segunda-feira, agosto 29, 2005


Como ensinar uma criança a desenhar

Uma coisa que ouço muito das pessoas, normalmente nesta seqüência:

- Puxa vida, e você desenha desde quando?
- Desde bem pequeno.
- Mas alguém te incentivou, tem alguém na família que desenha..?
- Não... Na verdade acho que aprendi porque eu não gostava muito das outras crianças.
- Nossa... (meio encabulado com minha resposta, tentando mudar de assunto)Eu não sei desenhar nem uma casinha. Mas olha (em tom irônico), eu sei fazer uns bonecos de palitos!

Porque todas as pessoas que não desenham desejam saber fazer uma casinha é uma coisa que eu sempre me pergunto. E boa parte dos meus desenhos são bonecos de palitos pintados, também não sei muito bem porque as pessoas que também os fazem desdenham dos pobres, eu gosto tanto...

Mas tem uma coisa que é mentira ou no máximo uma meia verdade no meio desse diálogo tradicional, que geralmente eu omito para não ter que contar muita história: é fato que eu passava muito tempo desenhando porque nem sempre estava com paciência para as outras crianças (eu passei muito tempo desta fase com adultos, então tive alguma dificuldade em lidar com pessoas da minha idade durante alguns anos), mas acho que o ponto chave de eu ter me dedicado a aprender MESMO a rabiscar foi o fato de ter quebrado a perna aos seis anos de idade - o que também influenciou muito para que eu jogue futebol feito uma toupeira até hoje.

Era o último dia de aula e teve toda aquela papagaiada de fim de ano na escolinha, com direito a Papai Noel chegando no carro dos bombeiros, abraços nas tias porque não as veriamos mais até o próximo ano e até distribuição de bolas de plástico vagabundas para as crianças. Eu fiquei um tanto decepcionado, no ano anterior haviam dado Transformers, mas enfim, como era de graça eu não fui mal-agradecido o suficiente para reclamar.

Depois de ter saído da escola fiquei lá brincando, correndo atrás da bola e tal, até que numa bobeira pisei na mesma e caí com uma perna por cima da outra, e minha perna de cima soltou um estalido seco. Fiquei uns segundos até sacar que não conseguia mexer a perna e comecei a gritar pra minha mãe.

Enfim, quebrei um fêmur (!) o que me rendeu oito dias de internação e uns dois meses com as duas pernas imobilizadas por causa do tipo de fratura. Eu já gostava de riscar umas folhas, mas por causa da situação era praticamente a única coisa que eu podia fazer para me distrair - fora ver TV, o que era um saco.

Felizmente eu me recuperei 100%, sem nenhuma seqüela, exceto pelo fato de ter ficado um pouco traumatizado e durante muito tempo achar futebol a coisa mais chata do mundo. Pra falar a verdade, ainda hoje eu não dou a mínina. É engraçado pensar o tanto que essa merda toda interferiu tanto na minha vida, afinal até a profissão que exerço depende e muito da habilidade de desenhar.

Portanto, pais, se quiserem que seu filho(a) aprenda a desenhar, sigam meu conselho: quebrem o fêmur dele(a). :]


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E eu me pergunto porque eu ainda me preocupo.


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Whorpdate.

Tira nova do Heresias.

Vão lá ver.


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domingo, agosto 28, 2005


Cotidiano

A caminho para um curso, passei no Shopping Paulista para fazer hora e olhar algumas bundas.
Quando estava em frente a loja de cristais da Swarovski (acho que era esse o nome), parei diante de uma pequena vitrine. Dentro, duas taças de cristal de mesmo tamanho.
Preço: R$ 2.650,00 (Dois mil, seiscentos e cinquenta reais).

Entrei e perguntei à primeira "vendedora" que encontrei:

- Por favor, aquelas taças de cristal da vitrine...
- Sim?
- Aquele preço...
- Sim...?
- ...é pelo par, ou por cada uma?
- Cada uma, senhor.
- Ah sim, obrigado.



Virei as costas e saí para meu curso.
No caminho, comprei um Halls com o troco do busão.


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sexta-feira, agosto 26, 2005


Cotidianos: "Jesuítas" Urbanos

- Não cara, não adianta tentar me convencer.

- Mas Deus é amor, Deus é luz, só Jesuis salva, e na Igreja Uni...

- Tá, mas eu sou católico, eu já tenho minha religião e já sigo o mesmo Deus.

- Mas a religião católica tem uma visão errada e...

- Tá dizendo que o Deus da tua igreja é melhor que o minha?!

- Bom, é o Deus verdadeiro...

- Teu Deus dá 36 Hit Combo com meia lua pra frente, soco forte, fraco, fraco, chute forte?

- QUE?! Na-não, não, mas Deus...

- Dá ou não dá?!

- Bem, não, mas...

- Bah, então teu Deus não é melhor que o meu.

Conversa que um amigo meu teve com um evangélico fanático que tentou catequiza-lo.


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quarta-feira, agosto 24, 2005


Frase

"Um homem que não bebe tem algo a esconder."
Charles Baudelaire


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Google Talk

Google Talk

Google ainda não é Deus, mas está chegando lá.


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"Pobremas" do dia - a - dia

Eu sei que meu nível de testosterona está alto quando:

- Meu olfato (que é normalmente zicado devido à sinusite) volta a funcionar plenamente mas eu só presto atenção em perfumes femininos (ou cheiro de comida. Sim, comida no sentido original da palavra, seus pervertidos!);

- Por mais que eu tente, não consigo evitar medir as moças no metrô, muitas vezes despindo-as mentalmente. Mas sou bastante discreto e creio que não constrangi ninguém até hoje (ou muitas que perceberam conseguiram me ignorar olimpicamente);

- Vejo alguma mulher que num estado normal não faria a menor diferença para mim e penso coisas como “bom, quem sabe numa noite fria...”.


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Coisas que eu queria ver antes de morrer

Uma versão dublada de Kill Bill, Vol. 1, mas dublado por gaúchos.

A parte do "Tu e eu temos negócios inacabados, tchê", ia ficar legal...


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terça-feira, agosto 23, 2005


Apito de chamar doido III - O Retorno dos Jedi

Só pra arrematar:

Esperava eu o ônibus (sim, é o lugar que sou abordado com mais frequência. Acho que ficar muito tempo parado em um lugar começa a criar um campo atrativo, impregnar a aura no ambiente ou qualquer bobagem esotérica) e um sujeito aparece, ignorando as outras 30 pessoas que também aguardavam o ônibus como de costume, com um daqueles papos - padrão - de - pedintes. Acredito que deva ter algum lugar onde estes caras fazem curso, porque existe toda uma técnica e uma gama de histórias variadas e genéricas, facilmente adaptável a qualquer situação do espaço-tempo atual - mas sempre dentro de uma linha e mais ou menos iguais umas às outras.

- Bo-boa tarde. Eu estou desempregado, tenho uma criança com cancer/aids/pneumonia/ [insira aqui a doença desgracenta de sua preferência] e estou aqui, pedindo um auxílio... Um... Ai cacete..! AI CACETE! (esbugalha os olhos e começa a mexer a cabeça feito um pombo acasalando) TÁ ME DANDO BRANCO!! VAI ME DAR BRANCO!!! (olhar fixo maníaco psicótico no pequeno Bardo, nesta época com apenas 15 anos e ainda mais magrelo que nos dias de hoje).

Tirei o que achei no bolso (um passe escolar, no caso), abri a mão do fulano, coloquei o passe, fechei a mão do cara e evaporei dali rapidinho, direto pro próximo ponto de ônibus antes de descobrir o que se passava com o tal durante um dos "brancos" dele.

E o DC vem falar do mendigo que pediu pra tocar Raul... Houve um dos que vieram trocar idéia comigo e que eu e uns amigos cantamos "Parabéns pra você" porque dizia ele que aniversariava naquele mesmo dia. Pfeeee.


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Apito de chamar doido II - A Vingança

Fiquei com inveja dos doidos que abordam o Bardo e o irmão dele na rua, e me senti impelido (para não dizer obrigado) a contar da vez que um mendigo me viu com o Rodolfo (meu violão) nas costas, passando próximo a rodoviária do Tietê, e gritou para mim:

"- Ô chegado, toca Raul aí!"


Pronto, falei.


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Apito de chamar doido

Existem três pessoas que conheço que sofrem do mal que alguns chamam de "apito de chamar doido" em níveis perigosos para a própria saúde: eu, meu irmão e o DC (que também já postou sobre isso). O DC ainda é abençoado pelo fato que a grande maioria chega até ele por meios indiretos, como a internet por exemplo, o que de vez em quando permite que ele possa escolher manter uma distância segura do ser que o abordou (ou não). Já eu e meu irmão...

Funciona mais ou menos assim: imagine algum lugar extremamente movimentado, como uma porta de estádio em dia de jogo (de times grandes, óbvio. 15 de Piracicaba contra Matonense não é jogo, é pelada) ou a Av. Paulista por volta das 18 hs. Pense no número de pessoas espalhados, indo e vindo, quantos milhares de seres não estão trafegando por aquele espaço ao mesmo tempo. Se dentre estes houver um bêbado, desequilibrado, doidão ou em outros estados variados da mente humana (induzido ou natural) e, ao mesmo tempo, eu ou meu irmão estivermos passando por perto, das mais de mil pessoas existentes é quase que certo que ele virá falar comigo ou com ele - e não irá embora ao receber um trocado como a maioria destes indivíduos.

Certa vez meu irmão e um amigo estavam esperando o ônibus e aproximou-se um bêbado:
- E aêee garotos, tudo em ordem com vocêess?

Meu irmão, cordial, para o sujeito que nunca viu na vida:
- Ooopa, tudo em riba. E com o senhor?

- Tudo bom. Eu só vim aqui pra falar pra vocêsh que conshidero vocêsh pra cacete.
- (?!)
- É verdade. Amo vocheeeis como se fossem meus filhos! Ossh filhos que eu não tive...
- (!?!?!)
- Mash mudaaando de assuntos, vocês conhecem o Costinha?


E a figura começou a imitar o Costinha, como se fosse algo totalmente natural. Depois declarou o amor dele mais uma vez pelos dois, deu um conselho ("E nuuum esqueçam, se forem foder, usem camisinha, porra!") e voltou para algum lugar no meio do limbo. Pior que meu irmão disse depois que, apesar de tudo, o cara fez a melhor imitação do Costinha que ele viu na vida.

E esse tipo de coisa, dependendo da época, é bastante freqüênte. Em alguns períodos ameniza, mas jamais some de vez.

Houve uma outra vez que ia eu para uma balada quando um senhor, lá pela casa dos seu 60 ou 70, chegou perto, olhou para mim, e começou a gritar comigo, como se estivesse dando uma bronca. Andando rápido, tentando me livrar do ser, e ele me seguindo e falando coisas incompreensíveis (nota: eu não sou uma figura que chama a atenção normalmente, estou quase que o tempo todo de calça jeans e camiseta e não tenho tatuagens ou adereços diferentes que possam me tornar alguma espécie de referência, não sei o que ele cismou comigo. Nota 2: eu só me liguei que era português que ele tentava falar porquê uma ou outra palavra era quase compreensível).

Parei ao lado da catraca para aguardar um amigo que viria me encontrar, e o senhor ainda gritou comigo mais uns minutos. Eu estava tranquilo, afinal se ele tentasse algo, eu derrubava ele numa boa - ou eu ou o segurança pelo menos. O fato é que ele passou a catraca e foi seguir seu caminho, enquanto eu já pensava comigo mesmo "ufa". Ilusão. Ele caminhou até o meio da estação, parou, pensou, virou-se, olhou pra mim novamente, foi até mim, gritou mais uns 5 minutos comigo e foi embora.

Teve também uma vez que fui numa exposição do Salvador Dalí que houve por acá há alguns anos, que um japonês me abordou na fila tentando me convencer que ele era "o Salvador Daqui", e parecendo crente mesmo no que falava.

Santo protetor da minha família deve ser Murphy.


posted by D. Vespa




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Grandes Mistérios da Humanidade

Porque todo carioca que vem para São Paulo quer comer yakissoba e conhecer a Barra Funda?


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Guia de Sobrevivência na Selva

Como assassinar um peixe de estimação sem que a causa da morte apareça na autópsia



Não entrarei no mérito dos motivos do crime, nem em seus efeitos.
Este é apenas um guia básico e prático para que qualquer imbecil possa cometê-lo.

Primeiro, arranje algumas comprimidos para dor de cabeça, como Bufferin, AAS, ou qualquer outro analgésico que tenha Ácido Acetil Salicilico como princípio ativo.
Rale-os com um ralador de côco, até que se tornem um punhado de pó bem fino.

Na calada da noite, quando ninguém estiver vendo (nem o peixe), misture esse pó no pote de ração, de modo homogêneo.
Nos próximos dias, o pequeno irá ingerir pó de aspirina junto com seu alimento, e ficará dependente da substância.

Pequenas alterações de comportamento poderão ser notadas por aqueles de convívio mais próximo como resultado da alteração causada pelo ácido em seu organismo, como o bichinho nadando de lado, em círculos concêntricos ou batendo com a cabeça no vidro do aquário. Mesmo que ele seja levado para o veterinário e passe por uma moderna bateria de exames, nada será diagnosticado, além de um simples e comum stress animal. Relaxe e aguarde que ele se acostume e volte a se comportar normalmente.

Assim que isso acontecer, também na calada da noite, troque o pote de ração adulterado por outro comum, da mesma marca e tamanho.
Nos próximos dias, privado da substância a que se viciou involuntariamente, o pobre bastardo terá uma nova mudança de comportamento, bem mais brusca que a anterior. Mas antes que qualquer coisa possa ser feita, ele terá uma morte terrível e agonizante, já que a evolução natural ainda não dotou os exemplares da espécie marinha com a resistência necessária para suportar um processo brusco de desintoxicação química.

Mas uma observação: esse guia não é indicado para o assassínio de peixes-morcegos, peixes-bois ou torcedores do Santos F.C.
Para estes, o mais indicado é dar de presente um ingresso para qualquer clássico Santos x Corinthians, com cadeira reservada no meio da ala corinthiana.


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Você percebe que está cansado demais quando vê uma anã de bunda grande no metrô, e tenta imaginar como ela ficaria pelada, em cima do vagão, plantando bananeira.


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segunda-feira, agosto 22, 2005


Tudo que você sempre quis saber sobre sexo:
Porque homens gostam de ver duas mulheres fudendo

Todos gostamos de bichinhos pequenos... certo?
Gatinhos, cachorrinhos... são bonitinhos, tem a cara engraçada e tudo mais.

Ver dois deles brincando juntos é engraçadinho também.
Dois gatinhos, dois cachorrinhos pequenos, um gatinho e um cachorrinho... a gente fica com aquela cara de "óóóó... que amor".

Então... duas mulheres juntas, nuas e 'brincando'?
Guardadas as devidas proporções e zoofilias a parte, é mais ou menos a mesma coisa...


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Malditos!

Vetaram meu projeto de plantar em coqueiros no andar que trabalho. A minha idéia é colocar redes para o povo deitar logo após o almoço, e dar aquela cochilada duns 15 minutos antes de voltar a trabalhar.

Falaram que o vizinho do andar debaixo não ficou feliz com as raízes saindo do teto do primeiro coqueiro que colocamos como teste do projeto. Porcaria de povo sem visão. Se ele fosse esperto, usaria as raízes como cabide...

Mas ao menos o projeto da piscina no meio do escritório eu sei que ainda estão estudando com carinho.


posted by D. Vespa




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Dias

Há dias que simplesmente não se tem vontade de sair da cama enquanto o mundo ainda estiver lá fora, pois desde seu princípio são cinzas, da hora que se acorda à hora que escurece. E quase nada do que acontece dá alguma cor a ele

E cinza não é cor, assim como branco e preto também não são - nada mais que variação intensidade de luz.

Há dias que se faz a besteira de questionar até onde você vê lógica nas coisas, e sem que você queira, acaba se importando com isso. Geralmente eu me incomodo mais com o impacto que isso tem sobre outras pessoas do que sobre mim mesmo - creio que me importo mais com a lógica que rege a cabeça das pessoas que com a do mundo como um todo. Individual ao geral.

Há dias que se esquece que não se deve criar qualquer expectativa alta sobre qualquer pessoa, pois a probabilidade de decepção é extremamente alta.

Há dias que eu preferia ter frustrado a expectativa de alguém ao invés de terminar o assunto em paz. Muitas vezes é melhor que seja finalizado com uma briga do que calmamente - a raiva equilibra a sensação de falta que os bons momentos deixaram.

Há dias que eu gostaria de fazer mais quando vejo alguém se afogando nas próprias neuras. Infelizmente ninguém pode fazer nada se a pessoa não estiver aberta a isso - e que elas não são as únicas a terem problemas e que não existirá melhora enquanto elas não pararem de sentir pena de si mesmas.

Acho que pessoas também são cinzas as vezes, e cinza não é cor, assim como branco e preto também não são - nada mais que variação intensidade de luz.

E luz reflete em tudo ao redor.


E provavelmente só amanhã eu vou entender direito porque escrevi tudo isso.



posted by D. Vespa




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Pensamento do dia

"Cerveja é muito melhor que amor"

Mas sexo ainda é muito melhor que cerveja.

Uma boa segunda-feira para todos (se é que isso é possível).


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Eu nunca vou me acostumar em ver meu pai, exemplo de masculinidade por quase toda minha vida, vibrando ao assistir uma novela da Globo.
Senilidade não é desculpa para bichisse.

E só não digo isso para ele porque não acho que seja um bom motivo para saírmos no braço.


posted by Pinguim




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Vocábulos

Sufrágio

Mesmo depois de velho, sempre esqueço o que significa essa palavra.
Talvez porque ela só me venha à memória junto a "sufrágio universal", que significa o direito universal ao voto a todos os seres humanos.
E como eu não consigo ligar um termo tão bonito a um significado tão cretino, acho que meu cérebro entra em tilt. E toda vez eu tenho que procurar essa palavra no dicionário - como fiz agora a pouco.



Sales

Há alguns anos atrás, eu era mais novo do que sou hoje e meu inglês - no que se refere a vocabulário - era uma merda (a shit).
Mas já no ofício informático, adquiri um componente de programação (development tool) de uma empresa americana, através de um site brasileiro.
Um dia, recebi um CD (a CD) com o catálogo da empresa em casa, e alguns outros dias depois, uma caneca de café (a coffe mug), de brinde.

Gostava bastante daquela caneca, que havia sido minha primeira (the first) e fiquei bem chateado quando a quebrei, num acidente doméstico.

Como era uma caneca com a logomarca estilizada e de tamanho único, não estaria a venda (sales) em qualquer lugar.
Procurei no catálogo eletrônico que havia recebido no CD um e-mail de contato, e contatei-o-o, perguntando se podia adquirir uma nova caneca, pagando um módico preço (cheapest price).

Mesmo com o inglês (o vocabulário) pra lá de ruim (for there of bad), dá-lhe Oxford e consegui me fazer entender (make myself understandable). Recebi uma resposta do endereço sales@nomedaempresa.com, dizendo que eu receberia uma caneca nova gratuitamente, e que eu deveria retornar a mensagem com meu endereço completo. Fí-lo e, no final, agradeci: "Thank you, Mrs. Sales!"

É... eu não sabia que "Sales" significava "Vendas", e como "Sales" parecia ser nome de mulher, achei que era alguma secretária da empresa.



Virgem

Mais alguns anos atrás, eu era mais novo ainda e assisti a chamada para o filme "O Último Americano Virgem", creio que no SBT.
Na hora, perguntei para meu pai, que estava na sala junto comigo:

- Pai, americanos não nascem em setembro?



Punheta

Muitos outros anos atrás, quando eu era muito mais bobo do que sou hoje, ouvi essa palavra na escola de um dos meus colegas de classe.
Curioso e não tendo encontrado essa palavra no dicionário, perguntei o significado dela para a primeira pessoa que encontrei em casa: minha irmã, 3 anos mais velha.

No momento da indagação, meu pai passava por perto de onde estávamos e teve um treco.
Foi a única vez que ouvi sermão sem ter a menor idéia do porquê.

Aprendi o que era punheta (na teoria) algum tempo depois, na rua, descobrindo que aquilo que eu já fazia escondido desde algum tempo antes tinha nome próprio - e só voltei a perguntar alguma coisa para meu pai alguns anos depois (ver o vocábulo acima; "Virgem").


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sábado, agosto 20, 2005


Cotidianos: Humor Negro



Conversando com uma amiga que tinha ficado sumida por algumas semanas, descobri o motivo: havia sofrido um acidente grave de carro, ficou internada e sofreu uma cirurgia. Quando disse que teve que colocar alguns pinos de metal na mão, pedi pra ela me avisar, na primeira oportunidade, se o detetor de metais das agências bancárias travariam na hora que ela passasse.




Voltando de um curso noturno, passei no Black Dog da Av. Joaquim Eugênio de Lima, travessa da Av. Paulista.
Enquanto comia um prensado, um menino de seus 11 anos, com queimaduras de 2º e 3º grau visíveis em boa parte do rosto e dos braços, parou na minha frente e pediu:

- Tio, me paga um hot dog desse daí?

E eu:

- Não, porque esse sai muito quente e você vai se queimar.


Eu juro que não penso antes de falar essas coisas...


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sexta-feira, agosto 19, 2005


Diálogo

Durante a conversa, ele diz:
- Eu tenho medo de mulheres bem-resolvidas e sexualmente liberadas.

Ela pergunta:
- E o que você diria se eu quisesse transar com você agora mesmo?

Ele responde:
- Diria que não tenho tanto medo assim...


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Cotidiano em trânsito
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Magneto's Crazy People Mode=On

Ia para Recife a trabalho, no vôo que saia do aeroporto de Guarulhos-SP, com escala em Brasília.
Tempo programado para chegada após a partida (sempre é bom deixar claro): 3 horas e 30 minutos.

Como é de costume, me sentei numa das últimas poltronas a direita, na janela.
Gosto de ver o movimento da asa na hora da decolagem e da aterrissagem. Coisa infantil, eu sei.

Vôo matinal, estava tranquilo, com mais de dois terços dos assentos desocupados.
Uma senhora senta-se na mesma ala que eu, ao meu lado, no assento do corredor.
Era morena e tinha a testa bem suada.


Explicação psicológica: quando alguém se sentar ao seu lado num vôo quase vazio, é porque ela é do tipo de pessoa que puxará um assunto qualquer com você dentro dos primeiros 15 minutos da viagem, na intenção de bater papo durante todo o percurso. Normalmente essas pessoas têm entre 45 e 65 anos de idade, trazem fotos dos filhos e dos netos na carteira, na bolsa ou na pochete e ficarão extremamente ofendidos caso você não retribua educadamente a atenção que eles estão lhe dedicando com perguntas interessadas, respostas e comentários espirituosos estrategicamente elaborados. São cariocas e nordestinos, em sua grande maioria.

Disfarce aconselhado: finja que está dormindo. Escancare a boca e babe de modo repulsivo, se puder. É o preço do sossego.


Acho que não finji muito bem e, como tive a má-sorte de não ter me lembrado de não me barbear antes do vôo - para parecer tão anti-social quanto realmente sou -, senti um toque no meu braço. E lá fomos nós:

- Desculpe, você estava dormindo?
- Não, não. Só meditando.
- Queria saber se você sabe a que horas o avião pousa em Recife.



(o piloto tinha dito o horário estimado de pouso havia 3 minutos, pelo interfone)


- Não sei. É minha primeira viagem pra lá.
- Eu já fui muitas vezes de ônibus, mas de avião é a primeira também.
- Vai ser bem mais rápido dessa vez, garanto...
- Sempre ia com meu marido, quando ele estava comigo, também é a primeira vez que estou indo sozinha.
- Desculpe. Ele faleceu?
- Não, querido. Nos separamos.
- Sinto muito.
- Porque? Me separar dele foi a melhor coisa que eu já fiz...
- Hummm... porque?



(maldita curiosidade)


- Ele começou a perder o interesse em mim depois de 23 anos de casado.


(quase inacreditável...)


- É, acontece.
- Acredita que ele nem queria me fazer mais sexo oral?
- Não diga...



Foi inevitável que me viesse à mente a cena de um preto véio banguela com uma camiseta xadrez, tirando a dentadura e se abaixando diante daquela senhora com as pernas abertas, num quente dia de verão, para chupar aquela xana tão suada quanto o cenho da dona (a eterna comparação entre testas e vulvas)... daí ele puxa da memória a mesma cena, 20 anos atrás, comparando-a com a triste realidade do presente, pensa algo como "quero isso não" e simula um infarto.

A conversa continua...


- É verdade. Daí não teve salvação.
- Imagino. Deve ter sido uma fase difícil.
- É, mas foi para melhor. Tive muitos namorados depois dele, que me fizeram sentir novamente como uma mulher, livre, viva, desejada...



(e aquela testa que não parava de suar nem por decreto)


- É, sempre é bom ter companhia.
- Sempre é bom ter quem nos chupe, isso sim!

- A senhora me dá licença que eu vou no banheiro?
- Claro, querido... depois continuamos.



Enrolei no banheiro o máximo que pude. Saí quando um dos comissários de bordo - um tremendo galego maricão - foi verificar se eu ainda estava vivo.

Por sorte, encontrei a senhora de testa suada cochilando e fui me sentar em outra poltrona, já que não havia como voltar ao meu assento sem acordá-la. E eu sou muito educado, quando estou vestido.

A testa dela brilhava e um filete de baba saia pelo canto de sua boca.

Alguns dias depois meus pesadelos com a Alicia Silverstone começaram.
Mas isso já é uma outra história...


posted by Pinguim




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Frase

É grande a quantidade de tempo livre ganha quando se desiste de tentar entender as mulheres.


posted by Pinguim




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Título de post é coisa de viado

Vai porra... aperta esse botão direito. Mas aperta que nem macho.
Baixa esse dedinho de fruta, e dá logo uma cassetada no teclado, que é pra deixar claro quem manda.

Cansaço é o caralho... dorme depois. Dormir é coisa de gente fraca. E fraqueza não tem lugar na vida de um macho.
Macho, macho pacas, macho pra dedéu, macho e burro. Porque macho que é macho tem que ser ignorante. Mas macho não fala "ignorante"... palavrinha pedante, sinônimo cretino.
Então, é "burro" mesmo. Burro pacas. Macho pacas.

Engole o choro, seu puto. Tá doendo? Pau no seu cu. Nem que verta sangue. Ninguém liga. Nem sua mãe. Aliás, eu a comi ontem, e ela passou boa parte da noite falando mal de você.
Agora cala a boca e produza, seja homem, traga a solução e não aumente o problema, porque atrás de você tem muita gente querendo fazer o triplo do que você faz por um terço do que você acha que merece.

Não gostou? Foda-se. Não está aqui para gostar de nada.
Faz o que eu mando, ou então te fode, filho-da-puta.


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quinta-feira, agosto 18, 2005


Humanices

Uma vez, quando eu estava na pré-escola, houve um recreio coletivo com duas classes, coisa relativamente comum na minha ex-escola. Imaginem coisa de umas 60 - 70 crianças soltas num parquinho.

Num dado momento, conversando, cismamos que, como todo garoto que se preze, deveriamos pertencer a alguma turma. Lógico, afinal, todo mundo nos filmes pertenciam àlgum tipo de turma, o que significava então que nós também tinhamos que pertencer.

Um amigo meu conseguiu juntar coisa de uns 20 moleques, subiu num palquinho improvisado e começou a gritar umas "palavras de ordem" do tipo "porque vamos dominar o território ao lado" (no caso o outro parquinho que tinha lá dentro, a escola era grande), "porque somos a turma sei lá o que" etc. Se o garoto mantivesse esse dom até os dias de hoje provavelmente seria um grande candidato a lider fascista.

Não lembro se fui eu que perguntei, mas sei que houve um momento que questionaram:

- Aee, que legal, temos uma turma gigante! Tá... mas e agora, que fazemos?

*Minuto de reflexão*

- Sei lá, vamos bater em alguém...


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quarta-feira, agosto 17, 2005


Profissões

Fui comprar um Toddynho hoje. Na verdade era só um pretexto para sair uns 15 min do escritório em horário de expediente, mas enfim... O que importa é que na parte de trás da embalagem havia uns desenhos e textos sob o título "o que você quer ser quando crescer" e descrevia duas profissões, sendo uma delas artista plástico.

É bastante otimista terem citado artista plástico como profissão, porque 98% dos artistas plásticos que conheci em geral trabalhavam com alguma outra coisa, como design ou ilustração, e faziam artes plásticas em paralelo. Os 2% restantes mal podem ser considerados trabalhadores em si, afinal costumam ser:

- Filhos de pessoas que ganham fortunas com qualquer outra coisa e não precisam preocupar-se com dinheiro.

- Hippies doidos que fumam maconha o dia inteiro e vendem dragõezinhos feios para sobreviver, e nas "férias" vão pra São Tomé entrar em harmonia com a natureza e todos os seu espíritos mambembes (leia-se: futucar merda de vaca atrás de cogumelos, dormir doidão pelado na grama e acordar cheio de carrapatos).

- Senhorinhas que procuram alguma coisa para se distrair, mas não curtem tanto tricô, ponto cruz ou variantes e extorquem filhos ou o marido para pagar um curso. Em pouco tempo as paredes casa enchem-se de quadros de flores, naturezas mortas e em alguns casos até barquinhos. Se passarem para a fase de desenhar rostos e posteriormente para pierrots chorando, percebam como cada vez que um novo quadro neste estilo surge as crianças que visitam a casa de vez em quando (e alguns adultos também, como no meu caso) começam gradativamente a evitar andar por determinados cômodos.

- Frangas afetadas que são reconhecidas num círculo minúsculo e ficam IN-DIG-NA-DAS porque você nunca ouviu falar do trabalho delas. Ouve-se coisas como "eu já expus com o grande ícone pop-underground Carlinhos Arapoá. Como, gato? Não conhece o Carlinhos? Cruuuuuzes". Sei lá de onde estes tiram seu sustento, mas essas pragas não somem nunca.

- Malucos que tentam bravamente promover seu trabalho e de outros no mesmo barco, e estes sim acabam desaparecendo com o tempo. Creio eu que morrem intoxicados no momento em que acaba a comida e eles se vêem obrigados a comer as tintas. E cá entre nós, tintas, com exceção de Ki-suco, não são lá muito gostosas. Não que Ki-suco seja, mas tinta acrílica é bem pior, acreditem em mim (não, eu não experimentei por necessidade ainda, foi um acidente).

- Meia dúzia que tem seu trabalho reconhecido MESMO por algum golpe de sorte (nem sempre é lá estas coisas) e conseguem ganhar alguma grana com isso.

A Toddy não tem noção do perigo a que eles estão expondo seus consumidores.

(E sim, eu já pintei com Ki-suco)


posted by D. Vespa




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De volta à prancheta

Ontem, numa conversa com o DC, reclamava eu que o principal motivo pelo qual eu havia parado de fazer as tiras do Botecomics fora um periodo de pura falta de tempo. Depois, quando já podia novamente dedicar-me a elas, por conta desta parada por um periodo relavtivamente longo, eu havia perdido o ritmo e um pouco do senso de lógica que existe entre as tiras, resultando que desanimei de produzi-las no na mesma velocidade de antes, até por fim parar de vez. Mas nunca pensei em larga-las em definitivo, muito pelo contrário.

Voltei a preocupar-me com a tiras nestas últimas duas semanas, e ontem a noite dediquei mais ou menos uma meia hora pensando em temas para elas.

Sem sucesso algum.

Eis que hoje de manhã, no metrô, enquanto ainda estava naquele estado que o cérebro opera em baixa frequência, pipocaram três novas idéias para elas (ainda não sei se são boas, mas puxa vida, pra quem estava num vácuo criativo três de uma vez é um número excelente. Aliás, até para as fases "normais" já seria um ótimo número).

Creio que isto prova em definitivo que "velhos instintos" não se perdem jamais, especialmente os ruins e os inúteis. :p


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terça-feira, agosto 16, 2005


Desarmamento

Só daria certo com a total abolição das armas de fogo em território brasileiro.
Todos os policiais, guardas, seguranças e leões-de-chácara usariam tonfa, aprenderiam kung fu e usariam chapéus engraçados, igual na China.

Se tiver plebiscito, voto no Jackie Chan e no Jet Li para treinarem as tropas de recrutas, torcendo para que a Luci Liu venha de brinde no balaio.
Aquela chinesa bem que merece levar um tapa na peteca...


posted by Pinguim




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Guia de Sobrevivência na Selva

Lavando o pau na pia de lavar as mãos



Existem ações condenadas pelas regras de conduta, etiqueta e boas maneiras.
Mas também existem momentos de nossa vida onde é necessário executar essas ações. A privacidade oferecida por um banheiro trancado é ideal para executar algumas delas, como enfiar o dedo no nariz, estourar aquela espinha na virilha ou cheirar o próprio suvaco (há quem se excite por cheirar o suvaco alheio... cada um, cada um).

Certa vez trabalhei com um cara que tinha o péssimo hábito de entrar no banheiro para ficar cutucando o próprio ouvido com a chave do carro.
Como eu sabia disso? Simples... ele tinha uma placa de metal na cabeça, e numa das vezes que ele entrou no W.C. para punhetar a orelha, o mecanismo de alarme do carro (que tinha o chip na chave) se ativou, a placa na cabeça magnetizou a chave atraindo-a e prendendo-a no ouvido do sujeito.


No estressante cotidiano do mercado de trabalho moderno, as vezes acontecem acidentes com o bimbalhão que nos obrigam a tomar uma medida higiênica estratégica com o fim de evitar constrangimentos para com os colegas de trabalho. Entre esses acidentes estão: polução diurna, ejaculação super-hiper-precoce (comumente ativada pela visão da minissaia da secretária do chefe, encoxadas no elevador ou pela imaginação fértil trabalhando em cima daquilo que a visão não alcança) e outros acontecimentos possíveis fora e dentro do próprio ambiente sanitário - como conseguir dar aquela rapidinha com a tiazinha da limpeza.
Como o banheiro do local de trabalho não é o banheiro da sua casa, urge-se tomar uma medida provisória ligeira para evitar o desconforto, mau-cheiro e as manchas nas roupas de baixo.

Antes de tudo, assegure-se que você não é um anão e tem altura o suficiente para baixar as calças e colocar o pau sobre a pia. Do contrário, e a menos que sua pica seja do tamanho da de um jegue, qualquer manobra para que a cabeça do seu pau alcance o jato de água da torneira é arriscada demais e pode causar constrangimentos maiores ainda do que os que aqui estamos tentando evitar.

Uma vez com o croquete desagasalhado, acomode-o da melhor maneira possível sobre a louça (lembre-se que não existe posição ideal, porque a pia não foi construída anatomicamente para esse fim) e, de modo calmo, passe água por sobre a glande. Para evitar surpresas, sustos e gritinhos afetados, atente para o fato da temperatura da água e do choque térmico que pode vir a seguir; se a água for fria, é inevitável a sensação de enrugamento, principalmente se você tiver acabado de urinar (água fria, urina quente... dhãg-dhãg-dhãg...).

Uma vez bem enxaguado, é a vez do sabonete.
Não use sabonete líquido, pois o cheiro dele ficará impregnado e todos se perguntarão que fragrância é aquela saindo de dentro da sua cueca.

Ensaboe com parcimônia, observando as pequenas micro-fissuras na glande que podem causar desconforto futuro.

Pronto. Ensaboado e cheiroso (não precisa cheirar), é só enxaguar novamente e secar.

Para secar, evite o uso de papel higiênico. Pedaços dele ficarão presos em pontos estratégicos, que se não forem bem removidos, transformar-se-ão em colheita de fungos, e você estará arriscado a contrair Sarcoma de Kapose - e há quem diga que foi assim que a Roberta Close se tornou o que é hoje.

Então, restam duas opções: a toalha de secar as mãos (recomendado) ou o jato de ar quente (perigoso, aconselhado em casos específicos).
Caso resolva usar a toalha, não fique com a consciência pesada. Se você for um rapaz asseado, seu pau foi bem limpo e você não estará transmitindo germes para seus colegas de trabalho quando estes secarem seus rostos, suas mãos ou, como você, qualquer outra parte do corpo, ali.

Na falta de jato de ar quente ou de toalha (ou no caso desta estar com cheiro de barril de sebo), leia uma revista e espere calmamente a secagem ao ar livre.
Aproveite esse tempo para retirar os pequenos pentelhos que cairam sobre a borda da pia. O crime perfeito não deve deixar pistas.

Agora o mais importante.
Durante as etapas mais práticas, evite de se lembrar daquela cantiga infantil ("au au au, estou passando mau, passaram sabonete na cabeça do meu pau") para não ter nenhum ataque de riso com a situação ridícula na qual você se encontra, se desequilibrar e ficar numa situação mais ridícula ainda.


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Política

Sou apolítico.

Mas mesmo sendo apolítico, tendo a ser apocalíptico, e tenho apenas uma opinião a dar sobre o fuzuê Correios x PT x Lula x qualquer outro desses porras de gravata...


Cada um tem o líder que merece.


E é isso.


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Polêmica retroativa

O sistema de cotas universitárias equivale a ensinar a prática xamânica do "espírito saindo do corpo", para as mulheres que, um dia, podem vir a ser estupradas.


Pronto, falei.


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segunda-feira, agosto 15, 2005


Desventuras em Série

Este final de semana assisti ao filme "Desventuras em Série".

Cenários e figurinos muito bonitos, cores esteticamente perfeitas, apresentação e encerramento com animações muito muito legais, e a menina que fez o papel da irmã mais velha dentro de um ou dois anos será um dos ideais da perfeição.

Uma pena que a história é umas das mais chatas que já vi em toda minha vida... É sobre crianças extremamente inteligentes que ficam orfãs, e à mercê de um tio que quer livrar-se delas para ficar com a herança da família. Tudo bem, roteiro padrão de pelo menos 100 contos infantis, isso estava dentro do esperado. Mas TUDO dá errado pra eles (claro, isso também era esperado, afinal o título do filme já dá uma idéia do conteúdo), e o sujeito que narra faz questão de acentuar o quanto a vida é horrivel e como tudo pode dar errado sempre. Aliás, surpreendeu-me ninguém ter citado lei de Murphy em momento algum.

É mais ou menos como se fosse as histórias da Poliana, só que ao contrário, mas tão repulsivo quanto. Enquanto Poliana diria algo como "nossa, estou com fome, frio, meu cachorrinho morreu e ainda por cima torço pro corinthians - mas graças a Deus não preciso uma perna mecânica, como a vida é feliz", em Desventuras em série o ritmo é "Puxa vida, preciso de uma perna mecânica, um transplante de apendice e ainda por cima há corvos bicando minhas feridas. Só espero que aqueles coiotes não olhem pra mim... OH NÃO!".

Tudo bem querer fazer uma história não tão feliz, em que as pessoas realmente tenham problemas e não se queira botar algum fundo moral, sou completamente a favor, mas não é necessário escrever uma novela mexicana para isso. Várias vezes torci para que no filme aparecesse algum urso vindo do nada e devorasse os três.

Acho que se não tivesse assistido de graça estaria revoltado de verdade. Desventura é pagar para ver aquela tranqueira.



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sábado, agosto 13, 2005


"A inveja é uma merda"

Frase pintada em tinta verde na carrocinha de um catador de papelão, hoje de manhã.


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sexta-feira, agosto 12, 2005


Cotidiano

Cheguei em casa tarde e cansado. E mau-humorado. Meu estômago doía pela porcaria de almoço que eu tinha tido.

Fui para o meu quarto, tirei a blusa... enquanto dava uma olhada nos e-mails do dia, minha irmã entrou e começou a me perguntar:

- Você está no Orkut?
- Tô.
- Me falaram lá no serviço que só entra com convite, verdade?
- É.
- Me manda um convite pro Orkut?
- Não.
- Porque não?
- Porque lá só tem puta e vagabundo.
- Ai que horror. Mas você não disse que tá lá?
- É, tô.
- Ah vai... me manda um convite, deixa de ser chato.
- Tá bom, saco... amanhã cedo eu mando pro seu e-mail.


(puxou uma cadeira, sentou do meu lado e começou)

- Me mostra como é que funciona...
- Amanhã você recebe o e-mail que eu vou te mandar com o convite, se cadastra e descobre.
- É que os meninos do grupo de jovens disseram que tem uma comunidade da igreja lá, e eu queria dar uma olhada.
- Orkut é coisa do capeta, ele remove automaticamente essas comunidades... só ficam as da Igreja Universal.
- Deixa de ser mentiroso... vai, mostra pra mim lá.


(querendo me livrar rápido pra poder dormir, fiz a busca pelo nome da Igreja que ela faz parte e entrei na primeira comunidade que saiu no resultado)

- Que legal... essas fotos aí do lado é dos irmãos que fazem parte da comunidade?
- São.
- Mas o que é isso aí?!?


(o avatar de um dos perfis inscritos era uma benga de uns 37 centímetros)

- É um dos crentes da comunidade, ué.
- Meu Deus, sangue de Jesus tem poder. Que horror.
- Te garanto que não é pelo sangue de Jesus que essa pica ficou de pé.
- Você vai pro inferno, sabia, menino?
- Sabia...


(saiu brava... voltou 5 minutos depois)

- Me mostra umas outras comunidades legais?
- Com ou sem pintos crentes?
- Pára com isso...


(comecei a mostrar todas as comunidades toscas que eu conheço... "Tenho Medo do Fantasma do Papa", "Bode-anão Demoníaco With Lasers", "Padre adora cu", "Anão vestido de palhaço mata 8" e "Eu fumo cabelo de xoxota", entre outras)

- Esse Orkut só tem gente perdida, hein?
- Eu te avisei.
- Não esquece de me mandar o convite, tá bom?
- Tá.


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O Ministério da Saúde também adverte:

Jamais beba cerveja seguido de suco de abacaxi.



Falando sério mesmo.


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O Ministério da Saúde Adverte

Jamais espirre ou tussa forte enquanto estiver mijando.


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Nunca confunda casa de tolerância com loja de conveniência.
Em um, as putas estão nas prateleiras, em outro, na gerência.


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observação:

"Com certeza iria frequentar entrar na igreja com muito mais frequência" acaba de entrar pra lista de "meus melhores pleonasmos".

Isso que dá escrever correndo nos últimos 5 min antes de ir embora do trabalho.


posted by D. Vespa




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quinta-feira, agosto 11, 2005


Deus x Cerveja

Monges belgas param de fabricar melhor cerveja do mundo

Eu sou a favor de usar essa cerveja no lugar da água benta. Com certeza iria frequentar entrar na igreja com muito mais frequência.

Aliás, que teria de mal deixar de ser monge e virar cervejeiro?


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Sonhos bisonhos

Sonhei de novo com "zumbis".

Ao menos desta vez eu estava explodindo as cabeças dos mortos ao invés de ser um deles.

Semana passada havia sonhado sobre algo assim também, mas o mundo era uma versão meio bagunçada do nosso. Não lembro muito bem o contexto, eu só me lembro que no sonho eu havia morrido e trazido de volta - não ressuscitado, pois eu continuava apresentando características da morte: pálido, gelado e sem sangue nenhum. Aliás, foi engraçado uma hora que me fizeram um corte e não saiu nada, estava apenas úmido e nada mais.

O mais interessante deste sonho anterior é que eu era eu mesmo, não um bicho sem mente que precisa devorar cérebros, e continuava aliado com os vivos. Não estava agoniado ou coisa assim pela situação, pelo contrário, estava muito mais sereno do que quando vivo - acho que pensava algo como "bom, agora morri mesmo, não tenho mais preocupações verdadeiras". Na verdade eu estava até apático em relação a tudo, mais reagindo que agindo e com a mente completamente limpa.

O sonho de hoje eu sei que foi influência do "Terra dos Mortos" que ainda está em cartaz no cinema e de um jogo que tenho em casa que aparecem esses seres... mas este que falei, da semana passada, tenho certeza que não foi referenciado por isso - tema parecido mas elementos bastante diferentes, fora a carga psicológica que deixou ao acordar.

Esta semana estou esquisito.


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quarta-feira, agosto 10, 2005


Arrentinos...

Aproveitando o gancho que o Bardo deu no último post... quem assistiu "A Fantástica Fábrica de Chocolate", na versão original de 1971, com Gene Wilder (o único galego de cabelo sarará da história do cinema, e que está muito melhor em "Cegos, Surdos e Loucos", de 1989), com certeza se lembra de onde vinha o filho da puta que falsificou o último bilhete dourado para poder entrar na fábrica de chocolate do Mr. Wonka.

Duvido que tenham mantido isso no remake com o Johnny Depp... todo mundo sabe que ele tem um caso com a filha do Diego Maradona - também conhecido como "Deus", por aqueles do lado de lá.


Mas falando em Deus e gente filha da puta... a IURD anda fazendo bonito por lá.

Cogita-se até uma aliança entre o Bispo Macedo e Osama Bin Laden para "levar os argentinos a terem um encontro com Deus" do modo mais rápido que for possível.


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...

Meu chefe tem o dom de só passar por trás da minha mesa nos exatos instantes que eu fico ocioso, dentre tantos que estou aqui quebrando a cabeça para resolver as minhas coisas.

Sinal claro que Murphy também olha por mim. Falando em Murphy e mais especificamente em azar, segue o desenho do dia no Flog .

Um distinto cavalheiro que perdeu tudo apostando em cavalos, e que agora pensa sobre seu único bem restante. Já falaram que parece o sr. Wonka, mas na verdade é o inverso - o sr. Wonka que se parece com cavalheiros do século retrasado, só que numa versão psicodélica (particularmente acho que associaria mais rápido ao Jack, o Estripador, do que o sr. Wonka).


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Frases românticas que só uma mulher deveria poder dizer

"Eu queria que você ficasse no meio das minhas pernas pra sempre."


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terça-feira, agosto 09, 2005


Porque os jabutis se escondem do mundo

Jabutis são bichinhos inteligentes, embora frágeis e emotivos.
A natureza, sábia, lhes deu uma carapaça espessa. Limitada, talvez, se levarmos em conta que ela os protege das intempéries, mas não das palavras ásperas. Por isso lhes foi dada a opção de poderem se encolher em seu interior quando tiverem vontade.

Jabutis se escondem porque não compreendem o mundo que os cercam. Tudo acontece muito rápido, rápido demais para que acompanhem com seu olhar vagaroso. Mesmo que vivam relativamente muito tempo, pouco proveito conseguem tirar das cousas, porque as cousas não ligam para os jabutis.

Inseguros, ficam frustrados por perceberem sua incapacidade com relação a tudo.
Não que por isso um jabuti deixe de primar por uma vida melhor. Talvez aí resida a culpa do porquê os jabutis se sentem tão deslocados diante de todos os outros, jabutis ou não-jabutis.

Um jabuti acaba não querendo ser um jabuti. Tenta renegar sua natureza, sua casta e sua raça.
O tempo dispendido entre a revolta e a decepção fica em função de como o jabuti acha que deveria levar sua vida, sem que essa vida seja a vida de um jabuti. Alguns querem ser gente, outros, aves... e alguns poucos outros, mais conscientes da sua própria realidade, sonham apenas em serem tartarugas e cágados.

Mas a vida e o tempo são implacáveis com os jabutis, assim como o são com todos os bichos que não servem para serem de estimação, e nem como ingrediente principal para uma boa receita culinária - exceto no que se refere às indias menstruadas das tribos Kaapor.

Assim, se assombram com a falsa segurança dos seus colegas jabutis, e os invejam.
Temem as atitudes dos seus pares. Temem ser feridos por eles, e acabam por ferí-los antes, em troca de uma breve e rara sensação de superioridade.
E se assustam ao perceberem que, não importa o que façam, suas expectativas de vida não serão realizadas. Nunca.

Se assustam, se deprimem, e se escondem.


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Grandes mistérios da humanidade

Porquê o Barry White era um negão?


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segunda-feira, agosto 08, 2005


Para não dizerem que só falei mal de gaúchos...

Negócio de paulista não é dar o rabo, é ganhar dinheiro.
Mesmo que seja pra ganhar dinheiro dando o rabo - ou alugando, no caso.

Mas verdade seja dita... a maior passeata gay do mundo só é em São Paulo porque fica a meio caminho entre Porto Alegre e Belo Horizonte.
Assim as bibas de lá e de acolá só precisam fazer meia viagem para se confraternizarem.


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Denúncia: Condicionador para Cabelo com Extrato de Semente de Guaraná

Se você tem um desses em casa, cuidado ao tomar banho enquanto está de porre.
Como o cheiro é parecido com o de energéticos da linha Red Bull, você vai acabar colocando aquilo na boca para ver se o gosto é o mesmo.
E não é.

Aos nordestinos que ainda tomam banho de cuia usando sabão de côco, urge-se o mesmo cuidado.


PP: sei que côco não tem acento, mas eu me recuso a escrever essa palavra de outro jeito...


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Grandes Gênios da Humanidade

"Você me traiu! Você me enganou!
Ai meu Deus, eu nunca fiquei tão excitado em toda minha vida!"

Steve Martin, num filme desses aí


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domingo, agosto 07, 2005


Arriba!

Uma constatação: tequila tira parte do equilíbrio mas amplia os reflexos.

Percebi isso ontem quando pela terceira vez na minha vida fiz alguma proeza que 100% sóbrio provavelmente não faria e não, não é proeza do tipo beijar uma moça bonita feito uma batida de kombi com um fusca, é algo digno de respeito mesmo.

A primeira vez que percebi este efeito "catalisador" da bebida foi certa vez que viajei com a empresa onde trabalhei há alguns anos, por conta de um workshop que iriam fazer com todos os funcionários. Algum iluminado teve a idéia de levar uma garrafa para partilhar com os amigos (o tal workshop seria ministrado pela manhã de domingo, e o sábado foi nos dado para confraternizar. Não foi das melhores idéias deles), e depois que já estava todo mundo com a mente em algum ponto próximo à lua, eu decidi ir jogar um pouco de ping-pong, coisa que normalmente tenho a coordenação de uma criança de 6 anos para jogar. Cheguei na mesa, vi a cara dos outros como que pensando "coitado, nesse estado não vai dar nem pro cheiro".

Só sei que somente saí da mesa MUITAS partidas depois, invicto, e só parei de jogar quando achei que estava tão bebado que parecia que a mesa se mexia sozinha - mas depois constatei que um amigo meu que tinha tomado parte da tequila estava embaixo da mesa tentando levanta-la, coisa que hoje em dia nem ele sabe o porque disso, só que na hora tinha um motivo que lhe parecia totalmente coerente. Acho que devia ser o mesmo que o motivou a aparecer com um saco de lixo e sair rolando com ele pela grama algum tempo depois, pronunciando algo como "Bah, não peguei nenhuma mulher hoje, vou pegar qualquer lixo mesmo!" (nessas horas eu agradeço muito o fato de o maior efeito colateral que posso ter por conta de bebedeiras é bater a anti-socialidade no volume 10).

A segunda vez foi uma das piores besteiras que fiz na minha vida, uma vez que eu voltei pra casa na garupa da moto de um amigo meu - tinhamos tomado os dois juntos pelo menos metade da garrafa, pegamos a moto dele e fomos embora. Milagrosamente chegamos inteiros, sem fazer besteiras no caminho e até com certa tranquilidade... Mas não, não incentivo ninguém a fazer esse tipo de coisa, foi burrada da grossa e eu só concordei em fazer por estar completamente alterado. A parte da proeza consiste em eu não ter voado da moto em alguma curva.

A terceira vez foi ontem, num barzinho mexicano. Eu não havia bebido mais do que duas doses, estava completamente sóbrio ainda e fui descer uma escada que ligava o andar superior ao térreo, quando meu tênis escorregou no fim do primeiro lance de degraus. Cai de costas e quase rolei, o que só não aconteceu porque eu dei um giro de braço que não conseguiria nem mesmo na época que ainda prativava algum esporte (uns 10 anos atrás, mais ou menos) e agarrei o corrimão. Bati as costas no degrau, mas se tivesse rolado teria me arrebentado inteiro, sem dúvida... Levantei, fingi que não estava acontecido nada, e segui meu caminho discretamente até o banheiro para ver se tinha ficado roxo ou não. Ainda dói, mas pelo menos não ficou marcado - embora eu não saiba bem se isso é vantagem ou não, tomei um tombo feio há uns 6 meses jogando bola (sim, sóbrio! Eu não bebo tanto assim também, poxa vida!) e até hoje dói de vez em quando o ombro que foi de encontro ao chão (que aliás está doendo bastante novamente por causa do tal "giro olimpíco" que eu dei pra evitar a queda).

Conclusões de todas esta histórias:

- Vale sempre a pena beber com amigos sem senso, você terá cenas para lembrar e rir durante décadas.
- Se o seu amigo sem senso tiver uma moto isso não é tão engraçado.
- Deus/Buda/Satanás/Rá/[insira aqui a sua entidade favorita] realmente olha pelos bêbados.
- O pior efeito colateral da tequila é que ela te deixa macho o sufiente pra fazer coisa que sóbrio pensaria duas vezes, como pedir porções de pimentas empanadas. São realmente muito boas, mas você não as esquece por pelo menos uns dois dias.


posted by D. Vespa




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Falando em Houaiss, acho que prestaram um grande desserviço dando esse nome ao dicionário.
Já que o substituiu como referência lexicográfica, deviam ter seguido a linha do nosso amigo Aurélio, e dado um nome mais raiz, como Percival, Euclides ou até Gerônimo.

Mania besta de homenagear defunto...

...salvo, claro, no caso da Av. Bráulio Cavalcante, em Alagoas.
O nome foi dado em homenagem ao grande Comandante Cavalcante que, auxiliando Domingos Jorge Velho na invasão ao Quilombo dos Palmares, perdeu seu pênis durante a última investida contra os negros fugitivos.

Mas até hoje ninguém sabe explicar porque ele insistia em investir completamente pelado contra os revoltosos.


posted by Pinguim




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Reflexões by José Cuervo

Sempre achei que escrever fosse coisa de quem não tem muito o que fazer.
Ordinários vagabundos e cretinos, por assim dizer, todos somos, em menor ou maior grau, com mais ou menos consciência. Mas os que escrevem - ou acham que o devem -, ainda pecam pela arrogância, pois acham que merecem ter suas idéias e/ou seu cotidiano, quer seja ele real ou fictício, lidos e observados; talvez por acreditarem naquele negócio todo dito na infância de que precisamos aprender a nos expressar, a nos impôr e de que somos especiais e únicos.

Mas quando se tem uma natureza impertinente (ou rabugenta, maçante e malcriada, como define o Houaiss), nada é feito sem desculpa.
Se come porque se tem fome, se bebe porque se tem sede, se trabalha porque as contas têm que ser pagas e se fode porque se tem tesão ou porque fez besteira - e gente besta tem mais é que se foder.

Se você não é um literato, acadêmico ou alguém que sobrevive por escrever qualquer bosta (tipo o Paulo Coelho), porque fazê-lo, então?
Prazer, exercício intelectual e outros motivos do tipo estão descartados, já que se obtém prazer e aperfeiçoamento intelectual de outras atividades, com um coeficiente maior de aproveitamento.

Pensava nisso tudo há algum tempo, quando lembrei de algo que li na Revista Veja (sim, ainda leio essa porcaria de vez em quando... só não levo mais tão a sério depois das reportagens do WTC, Afeganistão e Iraque), na época do lançamento do livro Achei que Meu Pai Fosse Deus, do Paul Auster. Não li o livro, mas conheço quem leu e gostou.

Mas a resenha que saiu na revista a respeito, entre outras coisas, mencionava a necessidade humana de narrar histórias e, em algum canto, trazia o termo atavismo (ou algum derivado a ele), como qualificador dessa necessidade.
A saber, também vindo do Houaiss:

substantivo masculino
1 Rubrica: biologia.
     reaparição em um descendente de caracteres de um ascendente remoto e que permaneceram latentes por várias gerações
2 Derivação: sentido figurado.
     hereditariedade biológica de características psicológicas, intelectuais, comportamentais
Ex.: a arte de cozinhar lhe chegara por atavismo
3 Derivação: sentido figurado.
     retorno a um estilo, uso, ponto de vista, enfoque etc.
Ex.: um atavismo literário



Eu não lembrava de ter lido essa palavra (ou qualquer das derivadas) desde minha infância, passada em boa parte sobre as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, do Maurício de Sousa. Em uma das histórias do Bidu (aquele cão azul com barba e rabo esquisitos), um cachorro coadjuvante (?!?) explicava ao Bidu o motivo pelo qual os cães rodeavam um local antes de se deitarem nele, e porque urinavam para demarcar território: comportamento atávico, herdado de seus antepassados próximos, os lobos.


Desde então, eis a desculpa que apresento a mim mesmo para continuar escrevendo: atavismo.

E se essa não colar, vou voltar a jogar a culpa nas Vozes.
São elas que me mandam fazer essas coisas, mesmo... e antes isso que sair urinando por aí.


posted by Pinguim




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segunda-feira, agosto 01, 2005


Começar de novo...

Começar um post ou texto é sempre um pé nos testículos.
Fica-se olhando um bom tempo para as primeiras tentativas, daí a gente vai lá, apaga...


("começar" duas vezes... ficou uma merda... vamos de novo...)

Oi, meu nome é Duas Caras, e eu tenho um problema...

(péssimo... parece até que eu dou a bunda...)


Bom, é o seguinte... já que não consigo começar isso aqui direito, talvez por estar meio enferrujado nesse negócio de blog (principalmente em um onde me sinto tão apertado pelas laterais da sessão de posts), vou fingir que já comecei, e vocês fingem que eu não estou todo atrapalhado.

De início, tenho a dizer que, até que se prove o contrário, leitor de blog nenhum presta ou vale um centavo furado - e quem escreve neles, muito menos. Sei que é pregado por aí que o normal é provar a culpa e não a inocência, mas aqui dentro me sinto no direito de aplicar minhas próprias leis para minha realidade "virtual" pessoal.
E se alguém se sente incomodado com isso, solenemente digo que não estou dando a mínima.

Quem já me conhece de outros blogs (FileMignon e O Arroto, que não se encontram mais no ar), talvez se pergunte o porquê do meu período de recesso bloguístico - desde setembro do ano passado. A resposta: eu não tinha nada a dizer.

Quem ainda não me conhece, só precisa saber que eu uso creme hidratante no rosto e não sou metrossexual.


Por aqui, ainda existem sessões a serem ativadas, atualizações a serem feitas e detalhes a serem verificados. Serão feitos conforme o tempo for permitindo. O sistema de comentários está aí (contra a minha vontade, pois perdi de 2 a 1 na votação, mas está) para ser usado como o leitor julgar melhor.

Começando a finalizar o início, me sinto na obrigação de deixar aqui um sincero agradecimento para os conhecidos e amigos que, nesse meio tempo que passei na geladeira, manifestaram desejo ou me convidaram para participar de seus blogs. E ainda mais por terem levado numa boa minha recusa, pois esta não foi dada por despeito, orgulho, falta de respeito ou algo que o valha. Simplesmente eu sou uma pessoa difícil e só me senti a vontade para "voltar" agora... e isso não tem nada a ver com o fato d'eu estar lado a lado de Deus nessa empreitada - e é melhor pensarem nisso antes de me ameaçarem de morte de novo, pois tudo que fazemos aqui é com a benção Dele, seus putos recalcados.
Acredito que minha volta teve mais a ver com o fato da idéia ter surgido numa conversa com o Bardo, e nesta ter percebido que nossas pretensões para se fazer algo novo dentro de um blog batiam em muitos quesitos.

Terminando de finalizar o começo, um recado para os conhecidos e não tão amigos que se sentiram ofendidos com a minha recusa aos seu convites: vão todos tomar no cu.

Obrigado pela atenção e tenham um bom-dia.


posted by Pinguim




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Recaída

Eu já tinha prometido a mim mesmo parar com este negócio de blog. Na contagem oficial, este será o meu terceiro – apesar de que o primeiro, o “Cachorro Morto”, teve uns três endereços diferentes antes de chegar ao fim. O outro blog, o Necrotoxina, asfixiou-se sozinho poupando algum trabalho.

Gosto um bocado de escrever, mantive blogs durante três anos por conta disso – até que enjoei de publicar textos e decidi faze-los só para mim, e talvez mostrar para uma ou duas pessoas no máximo... Não deu muito certo, pois sem o incentivo de ter um lugar para posta-los, o número de linhas que eu escrevia sem objetivo prático algum (como as que você está lendo agora) quase que cessaram. Tentei até escrever um pouco mais no flog, mas achei que não fazia tanto sentido, até pelo fato de lá eu sempre priorizar a imagem ao texto, afinal, a idéia é que a imagem sempre seja uma idéia completa e o texto nunca passe de um complemento, o que limita bastante o uso de textos mais complexos. É incrível, mas blogs te dão uma espécie de “compromisso” para redigir algo. Deve ser alguma coisa ligada a ego ou pura vontade de espalhar parte das próprias sandices aos outros, uma das duas coisas... Sei lá, acho que não faz muita diferença.

Buenos, ao que interessa: este lugar vai funcionar como mais um depósito de neuroses (ao menos de minha parte), provavelmente em níveis ainda mais altos que qualquer outro que já tive, até porque terá mais material diferente concentrado num mesmo ponto, além de ter mais uma pessoa e uma entidade para tocar o barraco. Eu não faço idéia de como isso tudo vai reagir sendo postado em conjunto com o Duas Caras, pois até por questões relativas à física, teoria do caos e leis de Murphy, a chance de produzir resultados bizarros é MUITO alta, ainda mais levando em conta que ambos possuímos um “imã” para surrealidades (em especial para atrair pessoas surreais). Postar com Deus também é interessante, aliás, ele ficou bastante contente por termos arrumado o emprego de zelador do blog para ele. Desde o sétimo dia o Todo Poderoso estava só fazendo bicos, um milagre aqui, uma praguinha lá... Quem o indicou foi o próprio filho Dele, que já é velho conhecido de bar nosso. Nota: bebam sempre com pessoas que transformam água em vinho, economiza-se fortunas.

Foi engraçado descobrir que O Senhor é comunista e a cara do Karl Marx ainda por cima.

Em relação a mim, de vez em quando existirão posts completamente rabugentos, outros que darão vontade de dar um tiro na própria cabeça e (a maioria provavelmente) de dar um tiro na minha cabeça, mas acho que em alguns momentos os possíveis leitores me acharão um ser quase simpático e até razoavelmente coerente.

Ou não.


posted by D. Vespa




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.