quarta-feira, novembro 30, 2005


Break

Dar "um tempo" é algo que requer parâmetros.
Não para se decidir se o tempo deve ser dado, mas sim se realmente o foi.

Por exemplo... você não pode pedir "um tempo" para sua namorada no sábado de manhã, passar o final de semana na farra e, quando a saudade apertar na segunda-feira, procurá-la como se nada - ou pouco - tivesse acontecido.

O "tempo", para ser dado, urge que sua namorada (então temporariamente "ex") tenha tempo de dar para mais alguém. Tipo, uns 4 ou 5 indivíduos diferentes. E é isso que ela vai fazer, mesmo que depois, ao ser procurada, diga que não o fez.
Um final de semana também não basta para você. É preciso ter tempo de ir em uns 4 ou 5 prostíbulos com os amigos, e gastar pelo menos uns novecentos mangos - mais da metade desse valor, pendurada no cartão de crédito, a ser paga em suaves 12 prestações, a 114% de juros ao ano. No final, ao reencontrá-la, você dirá para ela quantas comeu, mas que é dela que realmente gosta e que agora pode ter certeza absoluta disso. Claro, você não vai mencionar que eram todas putas pagas... afinal, é um detalhe sem importância.

Mas a questão é... se enquanto vocês estavavam distantes um do outro, eram delas, e não da Scheila Carvalho, as feições que vinham à sua mente enquanto você socava uma bronha, ficava claro que deveriam se reencontrar, e talvez (talvez) tentar novamente.

Quando novo, já cheguei a pensar que "dar um tempo" era artifício dos fracos. Pensava que se havia um motivo para se distanciar, não haviam motivos para se reaproximar.
Hoje não penso mais assim. Aceito melhor a minha humanidade, minha inconstância e minha capacidade de ligar a chave do foda-se.

E aqui estou. Voltando, de "um tempo".
Só não me perguntem se pensei em vocês durante minhas punhetas... a Scheila Carvalho me apetece muito mais.


posted by Pinguim




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sexta-feira, novembro 25, 2005



Descanse em paz, Sr. Miyagi.


posted by D. Vespa




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quinta-feira, novembro 24, 2005



Trailer do Piratas do Caribe 2 que vazou na internet.

Informação pega aqui.

Bem do bacana.


posted by D. Vespa




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quarta-feira, novembro 23, 2005



Na idade média, lá pelos idos de 1400 e qualquer cousa, a Inglaterra guerreava com países vizinhos por territórios, em especial com a França. O Exército inglês era, naquela época, o mais poderoso de todos e raramente perdiam uma batalha, o que lhes rendeu domínio por muito tempo em diversas regiões da Europa.

Os ingleses tinham tudo que um bom exército precisava ter: bons soldados, estrategistas e claro, uma meia dúzia de nobres que vestiam elegantes armaduras reluzentes montados em imensos cavalos, mesmo que estes sejam pouco funcionais quando dois regimentos entravam em conflito - um cavalo é um alvo um bocado grande para se atingir e derrubar, por conseqüência, o seu cavaleiro. Mas, por uma questão da imponência que isso transmitia e do status que ser um cavaleiro inspirava nos nobres dos outros exército, essa pavonice estava sempre presente nos campos de batalha, chegando até mesmo a pararem os grupos rivais para que nobres de um lado e do outro pudessem enfrentar-se em um duelo de lanças, raramente com perigo de morte verdadeiro mas sempre todo cheio de mesuras e admirações entre os oponentes.

Mas o que fazia do exército inglês quase invencível era justamente a classe mais desprezada dentro do mesmo, considerada inferior até mesmo aos soldados, pois esta era formada quase que exclusivamente por pessoas de origem camponesa e atacavam à distância. Eram os arqueiros.

Por algum motivo os camponeses da Inglaterra adotaram o arqueirismo como esporte nacional, mais ou menos como nós brasileiros adotamos o futebol, e desde crianças começavam a treinar com arcos. Bons arqueiros formam-se de pequenos, pois como o treino começa muito cedo, músculos e reflexos desenvolve-se para adequar-se da forma mais perfeita àquela função. Jamais alguém conseguiria tornar-se um excelente arqueiro se começasse a prática tarde demais (tarde demais entenda-se com mais do que 6 anos de idade, aproximadamente).

Era muito simples. Arqueiros iam na frente, flechavam todos que podiam, enfraqueciam muito o exército inimigo e só depois soldados, liderados por um líder que normalmente era algum soldado mais experiente, iam e chacinavam os sobreviventes. Mesmo que no fundo todos soubessem que se não fosse a arqueiria eles poderiam nem mesmo ter sobrevivido para contar a história, desprezavam os arqueiros e ficavam lá, orgulhosos, tecendo elogios uns aos outros e de como foram corajosos em campo e, que se não fosse sua coragem e audácia, jamais teriam ganho aquela batalha. E lá vinha o rei, conceder títulos e propriedades ao brilhante nobre que liderou o ataque, mesmo que ele tenha ficado na retaguarda e só tenha participado de um amigável torneio de cavaleiros. Não importa que quem pensou que um ataque lateral era mais inteligente que um frontal foi um líder de bando, ou que ele no máximo assistiu (entediado) a uma discussão dos militares sob sua responsabilidade sobre a melhor estratégia e deu um ou dois palpites aqui e ali que, aliás, só foram feitos para que ele pudesse ter sua disputa com os nobres do outro exercito - deveras relevante para a batalha toda, claro! Era isso que demonstrava todo o poderio da Inglaterra, logicamente não era aquele bando de arqueiros e soldados que tingiram gramados e gramados de sangue, deles mesmos ou dos inimigos. A diferença deles para os cavalos é que entendiam melhor as ordens, embora os cavalos tivessem a vantagem de não ficarem bêbados.

É horrível quando se tem motivos para crer que depois de 600 esta mentalidade anda não mudou um centímetro que seja, e que ainda é aplicado na vida cotidiana de quase todas pessoas (estejam ou não em guerras). Exceto, talvez, pelo fato que não é mais necessário perfurar pessoas com uma espada bastarda ou um arco galês.


posted by D. Vespa




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terça-feira, novembro 22, 2005



Se existe mesmo inferno astral, o meu é em novembro. Isso de que é próximo de aniversário é papo furado.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, novembro 21, 2005



http://televisao.uol.com.br/ultnot/bbc/2005/11/21/ult3087u8.jhtm

Eu não entendi direito a parte de "reduzir as divisões raciais". Pra falar a verdade, esse tipo de iniciativa sempre me passa a impressão que acentua ainda mais o preconceito existente de ambos os lados.

Outra coisa que sempre questiono são os relatórios falando que os negros ganham menos que os brancos, etc e tal. Tudo bem, a maior parte da população carente é composta de negros, concordo plenamente com a inclusão deles de forma justa à sociedade... Mas se combatessem o problema social da pobreza, não estariam sendo mais justos e resolvendo o problema do mesmo jeito? Tem gente que não tem culpa de ter nascido branco e pobre.

Pessoas malucas.


posted by D. Vespa




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Dissonância

Todo mundo já sentiu isso alguma vez na vida, creio. Sensação de viver fora do cotidiano/esfera comum, fora do tempo, fora de sintonia com tudo mais ao redor. Claro que isso é catalisado pela capacidade de supervalorização dos próprios problemas, daqueles que geralmente surgem quando você não tem nenhum grande problema real para pensar - e logicamente, com a cabeça desocupada, você se põe a trabalhar nos seus "problemas existenciais". Algumas vezes essas crises vem em decorrência de alguns problemas "verdadeiros" também, normalmente advindos de questionamentos relativos a justiça de acontecimentos pois, por mais que se tenha certeza que não haja alguém que pune ou recompense as pessoas por suas ações (sim, eu acredito que, mesmo que possa existir um Deus ou qualquer espécie de inteligência superior, ela deixou o mundo no automático há tempos e não faz mais nada além de observar. Somos ratos de laboratório ou filhos de um acaso extremo, sendo que tanto uma quanto outra não faz a menor diferença para nós), acho que SEMPRE passa pela cabeça o famoso "porque isso foi acontecer justo comigo? Eu sou um azarado mesmo!" ignorando que pode ter acontecido com outros milhões de pessoas ainda mais merecedoras da tal "recompensa divina" ou coisa do gênero. Não acho saudável tentar barrar este sentimento ruim com pensamentos à la Polyanna, tentando compensar a própria desgraça com "puxa, eu estou fodido, mas podia ser pior, poderia ter sido com areia como foi com aquele outro pobre infeliz", mas também não é recomendável deixar que isso te consuma por mais de dez minutos.

Voltando ao assunto inicial (maldita mania de querer explicar tudo didaticamente, estende demais os textos), a coisa que mais alimenta essa sensação de não estar existindo de acordo às regras do mundo (embora ninguém saiba de verdade quais são) é a não compreensão do que exatamente se está fazendo por aqui. Para que tantas complicações, brigas, intriguinhas, egoísmo se no fim das contas todo mundo vira adubo? Até a mais fútil das pessoas em algum momento bate de frente com isso, por mais que ela queira manter este tipo de pensamentos afastados - acho que é o que explica porque tantos rockstars e outros seres que tem praticamente tudo na vida acabam se destruindo com drogas ou álcool, deve ser bastante tentador ter dinheiro e acesso ridiculamente fácil a uma fuga, ainda mais se associada a uma força de vontade mais fraca ou a um momento de grande confusão. Não, não quero que pareça que culpo a sensação de "esforço inútil", eu culpo a incapacidade de entender o que move os outros seres humanos a tomarem determinadas atitudes conscientes da conseqüência que aquilo terá, ou sabendo que não precisa de determinada cousa mas a faz mesmo assim - vide caso recente onde trabalho, onde suspeita-se que um superior esteja lendo, sem avisar aos funcionários, a todas as mensagens trocadas num Instant Messenger utilizado internamente na empresa. Na última das hipóteses, ele poderia alegar que é para que não vazem informações confidenciais para fora da empresa ou sabotagens e coisa e tal(mais justificável, mas não menos errado), mas o que levantou a suspeita foi um comentário sobre uma conversa particular que duas moças daqui discutiram via programa (e eu espero realmente que seja uma suspeita infundada. Se não for, seria bastante digno da parte dele desculpar-se). Eu sei também que há mais gente que não perderia a chance de ver o log dos arquivos destas conversas por nada, da mesma forma que fica esmiuçando cada scrap postado no profile das pessoas no orkut, com fins não de ver se está tudo bem com o alvo, mas sim buscar descobrir alguma particularidade sobre a pessoa. Quanto mais sórdida, mais saborosa para o ego deles, mais assuntos para se conversar pelas costas das pessoas, ou de repente só uma sensaçãozinha cretina de poder sobre o outro indivíduo. Como foi dito em mesa de bar, coisa de punheteiro.

A dissonância vem de quando você compara suas atitudes com a de outras pessoas (sem entrar nos méritos de certo ou errado) e percebe que boa parte das suas não seriam ou são as mesmas tomadas por elas. Deriva um pouco da frustração de não fazer parte do grupo, mesmo que você não tenha vontade de participar do mesmo - cai de novo no que eu falei sobre compreender o que move seus indivíduos. Qual segurança pode-se encontrar vivendo num meio que te deixa confuso?

Só sei que no fim das contas a única pergunta que me incomoda de verdade não é se existe vida após a morte ou mistério da vida, do universo e tudo mais (que, como todos sabem, a resposta é "42"). No final, eu me pergunto porque diabos gastamos energia com tanta bobagem ao invés de tentarmos nos divertir com o pouco tempo que ganhamos por aqui? Afinal, já que tecnicamente não viemos para cá por vontade própria, seria lógico tentar ao menos transformar essa sociedade forçada em algo mais agradável. Ou não?

*Segunda-feira é foda...


posted by D. Vespa




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quinta-feira, novembro 17, 2005



Ainda descubro quem é o engraçadinho que consegue colocar o status de praticamente TODAS as tarefas que passam por aqui em "urgente".

Ouço uma vez ao dia a frase "cara... é o seguinte... então, tem um bagulho aí que é meio urgente...". Queria eu que fosse só "meio" urgente realmente, daí eu só precisaria montar tudo "meio" correndo e concluir "meio" tranquilo.

Acho que todo mundo que trabalha em ambientes corporativos sente, em algum momento, que vive numa tirinha do Dilbert.

Pensando bem, na faculdade eu também tinha essa impressão às vezes...


posted by D. Vespa




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quarta-feira, novembro 16, 2005



"O sentido da vida" do Monty Piton é, sem dúvida alguma, o filme mais dadaísta que eu já vi.


posted by D. Vespa




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sábado, novembro 12, 2005


..!

Sonhei, enquanto dormia na lotação hoje de manhã, que os americanos queriam saber o que havia no subsolo de marte. A solução que encontraram para fazer essa verificação foi cortar o planeta inteiro ao meio.

Que coisa.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, novembro 07, 2005


Apito de chamar doido - contagem do final de semana

Meio da rua, um sujeito chega tentando intimidar com olhos estalados feito dois pratos:

- AE MANO!Me arruma quarenta centavo.

Olhei pro cara e, do alto do meu bom senso (..!), respondo:

- Não cara, você tá muito louco.

O elemento seguiu por alguns metrôs a mim e a moça que me acompanhava xingando muito porque eu havia dito que ele estava doidão.

Metrô, anteontem:

Algumas dezenas de pessoas na estação e uma uma mulher com cara de mexicana me vem falando um espanhol todo enrolado perguntando sobre v. Maria, V. Mariana, V. Madalena até descobrir que na verdade ela queria chegar no Trianon/Masp (..?!!). Uma menina que estava com ela me pergunta em português claríssimo "então, para este lado é o Trianon mesmo, não?" Porque diabos a menina que falava português não veio perguntar direto, em vez de me deixar alguns minutos tentando me entender com a mexicana?

Isso porque eu passei praticamente o final de semana inteiro dentro do escritório.


posted by D. Vespa




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Este post é só pra mandar a Glória Perez, a Globo e alguns milhões de brasileiros à merda, por criar tanta polêmica por conta de mostrar ou não dois caras se beijando numa novela (a propósito, tosca até o talo) quando se tem tanta coisa mais importante pra se pensar.

Os gays revoltadinhos deviam é ficarem felizes de não ter virado de vez mais um produto da emissora, como aconteceu com a imagem de adolescentes (que segundo a emissora são todos como aqueles clichês retardados da malhação), roqueiros (sempre se vestem de preto e claro, são da "turma do mal"), velhinhos (bonzinhos injustiçados no fim da vida. Não conheceram a praga do meu avô), nordestinos e nortistas (que para eles é tudo a mesma coisa) e etc.

Aposto que o Roda Viva com a entrevista do presidente Lula que vai ao ar hoje às 22:30 não terá nem um décimo da audência gerada por aquelas milhares de donas de casa que iam comentar hoje, escandalizadas, sobre o tal beijo que fulano deu em sicrano na sexta-feira.

Notem que eu não tenho contra os movimentos gays, mas de boa: acreditam que isso ia MESMO refletir de forma positiva para eles? Seria só mais uma forma da Globo levantar bandeiras que ela não defende e, desta forma, ter audência recorde na novela deles de mais baixo ibope dos últimos tempos - que aliás, foi o que aconteceu graças a expectativa criada.

Bando de gado manipulado.


posted by D. Vespa




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sexta-feira, novembro 04, 2005


Whorpdate

Tira isso daqui!

... E não é que o vácuo entre uma e outra foi de um pouco mais de uma semana mesmo?


posted by D. Vespa




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quinta-feira, novembro 03, 2005



Bizarro é quando se tem plena consciência que se é um pequeno poço de neuroses, não se incomodar nem um pouco com isso e aprender a lidar com todas elas não se livrando, mas deixando-as correr soltas pra não "acumularem" muito. E pior, até usa-las em próprio favor de vez em quando.


posted by D. Vespa




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terça-feira, novembro 01, 2005


Nota

Porque eu dei importância de ontem ser Beltane ao invés de Halloween?

Bom, tem a ver com rituais celtas e o escambau, mas como essa história completa soaria “Wicca” demais vou fazer um resuminho: Halloween (ou Samhain) era um dia sagrado pros celtas, assim como Beltane também. Ambos são definidos pela época do ano, um entre equinócio de primavera e solstício de verão (Beltane) e o outro entre equinócio de outono e solstício de inverno. Logo, do outro lado do mundo (no caso, aqui) a comemoração (se tivéssemos motivos para comemorar) deveria ser em periodos inversos ao do Velho Mundo.

Samhain era comemorado colocando máscaras horrendas para espantar os espíritos, pois neste período a membrana que separa o mundo dos vivos e dos mortos fica extremamente fina - ou seja, é uma "festa" para os mortos. Já Beltane é uma celebração da vida e da fertilidade, e deve ser comemorada com imensas fogueiras com um monte de pessoas correndo nuas uma atrás das outras e terminando numa imensa orgia.

Entendem porque acho Beltane MUITO mais divertido que Samhain?


posted by D. Vespa




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.