quarta-feira, julho 26, 2006



Você compreende totalmente a frase "gozar com o pau dos outros" ( que é a versão 2000 de "fazer festa com o chapéu dos outros") quando você tem um chefe que tem um chefe, qualquer que seja o lugar em que se trabalhe.

É fácil mostrar serviço quando você pode mandar outro fazer por você e apresentar como da sua equipe, enfatizando o quão genial você vou na liderança, mesmo que se resuma a mandar a tarefa por outra pessoa sem te consultar do impacto que isso teria no seu trabalho, porque não teve culhão de te passar pessoalmente por medo de uma contra-argumentação lógica para não fazer ou fazer de outra forma.

Próxima encarnação eu venho como guaxinim, estou cada vez mais farto de pessoas.


posted by D. Vespa




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domingo, julho 23, 2006



Hoje o cão-guia de um cego me deu uma mordida na bunda, dentro da estação Clínicas do metrô.

Não doeu. Ele só fechou a boca o suficiente para se fazer sentir. Nem rosnou.
Acho que ele queria que eu saísse do caminho.
Coisa de profissional.


posted by Pinguim




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sábado, julho 22, 2006



Alguns pais mimam seus filhos em demasia, como se fossem animais de estimação.

Só se esquecem que animais domésticos podem ser mimados, porque nada se espera deles, além da companhia.


E, salvo o caso dos animais batizados com o nome "Chuck", eles não invadirão seu quarto na calada da noite para te matar a pauladas.


posted by Pinguim




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sexta-feira, julho 21, 2006


Utilidade Pública

Assistindo a alguns vídeos que recebi por e-mail, me ocorreu a idéia de que todo pai de filha adolescente deve, de vez em quando, verificar se a mesma não está rebolando pelada em frente a Webcam.


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quarta-feira, julho 19, 2006


3 Últimos Livros - Notas Rápidas

Fogo nas Entranhas, Pedro Almodóvar

Divertido e rápido. Quase um livro de bolso (quase, porque no meu bolso não "cabeu"). Li enquanto tomava café da manhã.
Mas peca pelo prefácio da Regina Casé - que fica melhor fazendo filme pornô-trash do que escrevendo prefácios.


O Silmarillion, J.R.R. Tolkien

A obra menos conhecida do autor de O Senhor dos Anéis.
Extrema perceptividade, escrita de gênio; além de conter o melhor resumo de um livro de 1200 páginas que eu já vi:

"E com efeito foi isso o que aconteceu desde então: o Um, os Sete e os Nove foram destruídos; e os Três se acabaram. E, com eles, a Terceira Era terminou, e os relatos dos Eldar na Terra-média chegaram ao fim."


Do Outro Lado Do Muro, Alexandre Frota

Ganhei esse livro há uns 4 anos (não conto as circunstâncias nem sob decreto). Enfim, ontem tomei coragem para ler.
Só para constar:

- Alexandre Frota não sabe escrever (é um "livro-depoimento", escrito por uma terceira pessoa, não pelo próprio)
- Alexandre Frota não sabe somar, multiplicar nem dividir
- ele também não sabe subtrair
- mesmo assim, Alexandre Frota acha que é o Sun Tzu

Não é a toa que hoje tem tanto blogueiro de fim-de-semana escrevendo livro (e o que é pior, sendo publicado).


posted by Pinguim




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terça-feira, julho 18, 2006


Correria

O Blog não está abandonando, só estamos passando por alguns transtornos.
O meu principal é falta de net em casa e falta de tempo pra cuidar dessas coisas no trabalho.

Tenho saudade de quando conseguia escrever dois posts imensos por dia no escritório, lá pra 2001 ou 2002...


posted by D. Vespa




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Esse blog está cada dia mais parecido com aqueles botecos mexicanos de perto da fronteira dos EUA, onde se aparece uma vez por ano, toma-se uma tequila, vomita-se no chão e vai-se embora.

Não dá para beber tequila todo dia - embora o Bardo discorde.
E não dá para vomitar todo dia - embora muitas modelos (e o Bardo) discordem.


Já cheguei a deixar de blogar porque, num acesso de metodismo, reparei que não daria para terminar o que queria escrever antes da meia-noite, deixei para o dia seguinte, depois deixei para alguns dias depois, e acabei me esquecendo. Acredito que apenas virginianos entendem esse tipo de arroubo.


Legal seria tratar essa coisa de blog como d'antes, onde postava-se várias vezes por dia, por vários dias seguidos, mal se aproveitava 5% do que era publicado, e mesmo assim, volta e meia aparecia alguma louca querendo dar-me o cu, porque se excitava quando lia algumas linhas com as vírgulas nos devidos lugares. Bons tempos...

Talvez hoje, estejamos - eu e o Bardo, já que desde o começo Deus avisou que só faria participações especiais e as revisões - mais velhos, mais maduros, e menos confortáveis com o ato de blogar. Ou talvez tenhamos percebido que escrever em blog é mesmo coisa de viado, mas deixamos passar porque, afinal, o layout do Whorpa ficou realmente bem "bunitinho".

De qualquer modo, foda-se®... como dizia-se nos tempos monárquicos medievais... "que entrem os palhaços".


Em tempo... também acho horóscopo e zodíaco coisa de viado, mas acredito em coincidências e comportamento dirigido.
Mas isso fica para outro post.


posted by Pinguim




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Tenho certeza absoluta que o Olavo de Carvalho bate na própria mãe.


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terça-feira, julho 04, 2006



Eu devia ter 14 ou 15 anos quando gastei mais da metade do meu salário (ainda não recebido, pedi um "vale") de office-boy nos quatro primeiros volumes de "Operação Cavalo de Tróia". Ganhava R$ 150,00 por mês, na época.

Havia ouvido falar da coleção por um amigo do meu pai, alguns bons anos antes.
Ele havia contado que a série narrava a história de um experimento secreto, onde algumas pessoas voltavam no tempo até a época de Jesus Cristo.
Não me importava tanto a história de Jesus Cristo (afinal, ela já estava na Bíblia), mas as palavras "experimento secreto" e "viagem no tempo" me interessaram muito, e me deixaram com aquilo na mente por muito tempo.

Quando me deparei com os livros, na estante de uma papelaria, voltei para o escritório e pedi o adiantamento para comprá-los. Este só me foi dado por tremenda complascência da minha superiora, diante do meu pedido (eu tinha fama de ser rato de livros).

Lembro de ter demorado quase um mês para ler o primeiro, mas de ter devorado em poucos dias os volumes seguintes - o terceiro foi lido em 2 dias.
Lembro de ter chorado em uma ou duas passagens do primeiro volume (ou teria sido do segundo?) - meio gay, eu sei.

Também lembro do filho-da-puta que me pediu o primeiro livro emprestado, praticamente novo, e de tê-lo devolvido num estado lamentável - o que me fez nunca mais emprestar meus livros para quem eu não tinha certeza que iria cuidar bem deles.

Os volumes seguintes foram saindo aos poucos, mais ou menos no intervalo de 3 ou 4 anos um do outro.

Terminei hoje de ler o sétimo volume da "obra".
Apesar de ter minhas reservas quanto a veracidade da história, de modo geral - e em muitos pontos específicos -, não posso negar o bom senso oriundo de boa parte das linhas narradas (ou ficcionadas) por quem quer que as tenha escrito.

Com exceção da minha mãe, ex-freira, e que achou o conteúdo técnico do primeiro volume muito maçante, todos que conheço e que leram a série, gostaram.

Fica a dica.


posted by Pinguim




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segunda-feira, julho 03, 2006


Reflexões sobre a Copa

Não é que o Brasil tenha, novamente, entregue o jogo... é que o contrato assinado em 1998 previa a venda de dois jogos, a serem pagos no prazo máximo de 10 anos.


A verdade é que até eu, que limpo a bunda com a bandeira do Brasil*, fiquei chateado com o resultado do jogo de sábado. E não só pela perda do semi-feriado de quarta.


Mas nada foi mais estranho do que ver uma das minha ex-professoras do colégio no programa do Kajuru (Jorge ou Sérgio, não lembro bem), na programação de domingo do SBT.


* já voltei a usar papel higiênico com extrato de Camomila... o pano da bandeira me dava muitas assaduras


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Apenas no inverno os catarros conseguem ser tão maduros.

Pensar nisso me remete a minha infância... um dos meus primos tinha um sonho de, enquanto gripado, encontrar um cadáver na rua só para poder cuspir uma bolota verde no olho do defunto.

Crianças...


posted by Pinguim




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domingo, julho 02, 2006


Ó Raios!

Eu estou realmente chateado de não ter meio dia de folga na próxima quarta.

Será que os gajos me liberam pra ver o jogo de Portugal?


posted by D. Vespa




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sábado, julho 01, 2006


Poderia ser pior...

...eu poderia ter quebrado meu porquinho para assistir os jogos na Alemanha.


posted by Pinguim




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Inter-relacionando-se

Alguns anos atrás, recebi por e-mail uma história, com o título "A Fábula dos Porcos Assados".

Não encontrei o texto original na internet - talvez por não tê-lo procurado.
Mas, contando com o perdão dos leitores para a versão tosca, transcrevo mais ou menos o que me lembro...

Muito tempo atrás, houve um incêndio em uma floresta.
Alguns porcos que se encontravam nessa floresta acabaram por ser assados pelas labaredas. Estes animais, que até então forneciam carne crua para a alimentação dos moradores locais, passaram a fornecer - e quero acreditar que de bom grado - carne assada para tal fim.

Então, sempre que os sujeitos queriam comer carne assada, separavam um pedaço da floresta, soltavam alguns porcos nela e botavam fogo, preservando o método original da descoberta.

Com o passar do tempo, o processo foi ficando mais refinado... cargos foram criados e responsabilidades foram sendo distribuídas, no intuito de maximizar a quantidade de carne que podia ser assada por hectare de floresta queimado.
Havia o especialista em metereologia, que escolhia o dia certo para atear fogo na floresta, com base na velocidade e direção do vento; o especialista em criação de suínos, que disciplinava os porcos para que permanecessem no trecho disposto para a queimada; o especialista em botânica, que escolhia o melhor agrupamento de árvores a ter fogo ateado em seus troncos; etc.

Os erros apresentados pelo sistema eram discutidos em congressos, seminários e convenções.
Cada vez que algo saia errado, cada profissional de sua área jogava a culpa para os de qualquer outra área.
Discutiam modos de melhorar o sistema da queimada, que ficava cada vez mais complexo, com mais especialistas e mais etapas a serem verificadas e realizadas, no mesmo intuito de sempre: o de ter carne assada para consumo.

Até que em uma das convenções, um Fulano de Tal pediu a palavra.
Explicou que, para se assar a carne do porco, não seria necessária tanta engenharia e complexidade... bastava matar os porcos, juntar lenha - não mais lenha do que havia de porcos a serem assados - em um determinado local, atear fogo e colocar os porcos sobre a madeira em chamas, em espetos de ferro. A medida que a lenha queimasse, era só ir adicionando mais, até que os porcos ficassem no ponto certo para consumo.

O Fulano de Tal foi severamente repreendido pelos seus pares.

Quem ele pensava que era para sugerir irem de encontro a um sistema que estava sendo adaptado e melhorado a tantas gerações? Ele havia se prostado tanto quanto os diversos especialistas nos estudos de melhoria da queimada da floresta? Com certeza que não.
E mesmo que ele estivesse certo em suas teorias - o que era muito improvável - o que seria de todos os profissionais que ganhavam a vida no processo de treinamento de porcos, de estudo do tempo, do plantio de novas florestas e da consequente queimada das mesmas? Todos perderiam seus empregos, e teriam que procurar alguma outra coisa para fazer.






Há mais ou menos 10 dias, terminei de ler o livro "1984", de George Orwell (que só a pouco descobri ser um pseudônimo do escritor Eric Arthur Blair).
Comprei em um sebo bem vagabundo, na região do Tucuruvi. A edição está caindo aos pedaços, e tem um monte de anotações do último dono feitas a caneta Bic.
Anotações que não têm nada a ver com o próprio livro. Acredito serem de algum curso de contabilidade.
Não entendo o que contadores têm contra papéis em branco...

Uma das passagens do livro fala a respeito da metodologia para se manter o operariado sempre ocupado em fabricar alguma coisa, uma vez que o maquinário tecnológico automatizado já tenha tomado conta da maior parte da produção de bens consumíveis e prioritariamente necessários para a sobrevida da população.

O livro cita a guerra constante como sendo o melhor método.
Fabrica-se e se destrói em seguida. Assim, sempre é necessário a fabricação de mais dispositivos bélicos, que serão destruídos ou descartados logo em seguida, gerando em um ciclo de construção e destruição perpétuo - contanto que a guerra seja perpétua.






Durante a semana, assisti a um filme chamado "The Dukes of Hazzard" - traduzido por aqui como "Os Gatões, Uma Nova Balada".
Peguei emprestado de um amigo, que há tempos começou a copiar DVD's e guardá-los - hoje tem tantos títulos na estante que ao invés de ir para a locadora, vou para a casa dele.
Diversão despretensiosa. Recomendo.

Dois atores e uma atriz protagonizam o filme.
Um dele, o líder da trupe do JackAss (que passava na MTV até bem pouco tempo atrás).
O outro, protagonizou a sequência de filmes "American Pie".
A terceira, modelo (acho), Jessica Simpson - que acredito não ser parente nem do O.J. Simpson, e muito menos do Homer Simpson.

Dona de um corpo deveras escultural, faz praticamente pequenas participações especiais no filme.
Acredito que a agenda das gostosas de tal naipe é bem ocupada...

Como sempre faço com todo DVD, dou uma bisbilhotada pela seção de Bônus, para ver se acho algo que valha a pena ser visto.
E lá encontrei um Making Of de 8 minutos, exclusivamente sobre a confecção do minúsculo short que a atriz usava no filme.
Duas profissionais, uma delas estilista (não lembro a profissão da outra), passaram mais ou menos 4 dias até encontrarem o corte adequado, na altura adequada, para a calça jeans adequada, com o desfiar adequado, etc.

Obs.: eu não lembro qual era a cor do short que ela usou - mas acho que sou capaz de apontar a cor das pernas dela, na escala RGB.






Há uns 15 anos atrás, enquanto estava na casa de um colega fazendo um trabalho escolar, encontramos alguns exemplares da antiga revista Animal ao fuçarmos no quarto dos pais dele em busca de algo que eu sinceramente não me lembro. Pedi emprestado 2 ou 3 delas, para ler em casa.

Com uma única exceção, não me lembro de nenhuma das histórias das revistas.

A história que ficou marcada falava sobre um viajante que havia se perdido em uma terra distante, cheia de névoa e precipícios.
Caminhando de modo errante, após uma névoa densa, o viajante se deparou com um convento católico construído na encosta de um dos precipícios da região.
Ali, entre as irmãs, procurou abrigo e alimento.

Foi bem recebido, bem alimentado... e bem comido.
Entre trechos realmente muito bonitos de poesia por parte do narrador da história, as freiras protagonizavam sessões explícitas de somodia, sexo oral e lésbico, ora com a participação do viajante perdido, ora sem ele.

A história termina com o viajante sendo expulso do convento - e da terra distante - por questionar a fé das religiosas.

Acredito que a história me marcou por que, nos anos que vieram após sua leitura, jamais encontrei tal dose de sacanagem tão bem escrita.






Não sei se mais alguém, além de mim, verá relação entre os três primeiros trechos desse post.

Só peço que, caso alguém veja relação entre qualquer um dos três primeiros trechos e este último (ou penúltimo), que me diga... simplesmente me lembrei disso enquanto escrevia estas linhas, e admito que uma coisa não tem nada a ver com as outras.


posted by Pinguim




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.