quarta-feira, dezembro 21, 2005


Divagando

Elevadores de escritório são lugares criados pra absorver toda a energia criativa e boa vontade que você tinha até entrar nos mesmos. Provalvemente por ser um ambiente intermediário a outro ambiente, acho, pois lá você começa a se dar conta que terá oito longas horas pela frente, lembra-se de tudo que tem ou não para fazer, onde começa a abandonar a própria identidade para "assumir seu lugar de engrenagem naquele motorzinho formado por toda a equipe" (ou qualquer outra metáfora babaca usada em livros do tipo "Os segredos do sucesso").

Várias idéias que se teve a caminho do trabalho são, inexplicavelmente, esquecidas no tempo médio de dois minutos entre esperar, subir e chegar até o andar desejado. Talvez, além do fato do seu abandono temporário de identidade, por usarem cores-padrão-de-elevador como o bege ou o cinza naquele espaço claustrofóbico, de repente é um outro fator que influencia neste aspecto.

Partindo prum aspecto mais metafísico, pode ser o emaranhado de energia que fica circulando dentro dele que causa alguma espécie de confusão que te deixa oprimido - afinal, ninguém fica muito tempo dentro, mas é um tempo ocioso no qual você acaba refletindo boa parte do que vai passar durante o dia, logo, ansiedades, preocupações, raivas, etc, permeiam um espaço minúsculo, vedado e pior, temporário, logo nenhum pensamento que se inicia ou que termina ali dentro é completo. Não, não estou tocando em misticismo, estou partindo do princípio que todo ser humano é uma antena, o que é fato, visto que somos seres que andam na vertical e que só estão vivo por conta de ondas elétromagneticas que se espalham principalmente por nosso sistema nervoso. Uma vez que ninguém é feito de chumbo, sim, estas ondas vazam para fora da gente, e se espalham no ambiente em que vivemos. Por este ponto de vista, nada impede de sermos receptores e transmissores de outras ondas e, logicamente, influênciado por estas também.

Solução pra isso, se o que eu disse fizer algum sentido, talvez jogar sal grosso nos cantos... Supersticioso? Na verdade não, sal ioniza o lugar e pessoas expostas a ions geralmente ficam felizes (segundo o programa o Mundo de Beackman. Esta era a explicação dada, aliás, para o fato das pessoas sentirem bem e com vontade de cantar no chuveiro - cujos íons eram ativos pela água quente), talvez funcionasse. Não fazer elevadores tão animadores quanto um dia nublado poderia ajudar também (se bem que gosto de dias nublados, mas admito que ele mina o humor da pessoa). Usar a escada não é uma opção muito boa, a maioria delas parece um corredor de fuga de filmes do alien, na melhor da hipóteses. Mas não sei realmente se alguma destas coisas funcionaria.

E claro, tudo pode ser muito pior quando o seu companheiro de viagem no incrivel mundo do elevador corporativo for um gordo flatulento...


posted by D. Vespa




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terça-feira, dezembro 20, 2005



Meu computador número 1 foi passar uns dias na casa do sr. Duas Caras, que está me quebrando um galhão vendo o que se passa com o dito, e eu fico com meu mesozóico pentium 500 até lá (que está se saindo muito bem, para uma máquina com 5 anos, diga-se de passagem).

Tecnicamente, o comupator estava "estressado" e foi passar uns dias de férias no interior até voltar a se sentir melhor.

Meu pc tira folgas e eu não.

Sacanagem isso.


posted by D. Vespa




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E quando você acredita que o fundo do poço chegou... Alguém aparece com uma pá.

Sou a favor da campanha "está desocupado? Abre um blog".


posted by D. Vespa




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segunda-feira, dezembro 19, 2005



Como ninguém aproveitou a piada pronta que existia quando um São Paulino, já precedido por sua fama de bambi, chegava e dizia de boca cheia "eu sou BI, e você"?

Não que quando eles disserem "eu sou Tri" também não dê pra lançar um "tricha", mas não tem a mesma graça...


posted by D. Vespa




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sexta-feira, dezembro 16, 2005


SIRENE de chamar doido MODE OVER ON

Round 1

Ontem, num ponto de ônibus qualquer de S. Paulo, às 18:30, indo sentido bairro - o que quer dizer que todos os ônibus para aquele lado estavam cheios.

- Eu não vou pegar ônibus. Muito cheio, muita gente em volta - disse eu.
- Ah, podemos pegar um taxi...
- Isso, vamos de taxi (já subindo no ônibus), eu não quero ir no ônibus não. Muitas pessoas, eu detesto pessoas! - falando em alto e bom som mas, logicamente, em tom de brincadeira.

Uma mulher duns 20 e poucos anos, que nunca vi na vida e que estava na nossa frente, vira-se e diz, rindo:
- Ah, você odeia pessoas? Acho que está na cidade errada então.
- Não não, você não entendeu. Eu não estou na cidade errada, estou no MUNDO errado.

Sei lá porque diabos depois deste comentário a menina começou a contar a vida toda dela. Desembestou a falar e só era interrompida por "ahams", "é mesmo?" e "puxas" que eu e a moça ao qual acompanhava falávamos por vezes, tentando imaginar como sair daquela situação. A mulher disse que era mimada quando era pequena, que depois foi morar com a mãe que batia nela, que já tinha sido clubber, gótica e hoje curte forró (..!), que teve um namorado que acreditava que ela não gostava dele porque ela não queria dar para o cara, que desmanchou com este fulano e saiu decidida a ter um filho e amigou-se com um outro fulano, que sei lá porque diabos foi morar na Venezuela e no Chile onde trabalhava de modelo (não me pergunte modelo do que, não quis forçar a imaginação neste momento) e que agora mora sozinha e...

Bom, foi nessa parte que chegou nosso ponto de ônibus e descemos, mais ou menos 12 minutos após ter embarcado no mesmo. Das vezes que me pararam para contar a própria vida, acho que em relação a tempo de conversa, pegar intimidade (eu acho que não é muito comum mulheres contarem para estranhos ainda mais acompanhados que não transavam com seus ex e cousas assim), e contar a história toda, sem dúvida alguma esta foi o mais novo recorde.

Além de ser uma das mais chatas, diga-se de passagem.

Round 2

Chegamos no barzinho ao qual nos dirigíamos, encontramos um amigo meu, e pegamos uma mesa. Após algum tempo lá dentro surge um senhor completamente bêbado, mal conseguindo falar. Foi até o balcão, onde tentou, sem sucesso, dizer algo ao atendente. Voltou em direção à porta e fixou o olhar na minha mesa e, como de praxe, sem nem mesmo pestanejar, veio direto na minha direção com a mão estendida para cumprimentar. Cumprimentei o sujeito diplomaticamente, ele olhou para a minha moça, fez um gesto com a mão dando uma risada safada como quem diz "aaah muleque, tá pegando, hein?" e foi tentar estabelecer contato novamente com alguém no balcão.

Pouco depois ele volta com cara de quem fracassou e dirigindo-se a saída. Antes, cumprimentou-me novamente, enfiou a cabeça entre os meus ombros e os dela, abraçou, deu um beijo na cabeça de cada um (!!!!) disse algo do gênero "ceis são gente boa", foi pra porta, fez de novo o gesto de "aaah muleque, tá pegando, hein?" e saiu do bar um tanto sem rumo.



...Porquê eu? Porquê?!


posted by D. Vespa




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quarta-feira, dezembro 14, 2005



Coisas que farei no dia que estiver com o ânus cheio de dinheiro


Comprarei o Google e mandarei colocar como resultado único, para a busca completa pelo meu nome, a frase, sem nenhum link de referência:

"VAI TOMAR NO SEU CU!"


posted by Pinguim




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terça-feira, dezembro 13, 2005


Só pra constar...

... Uma mendiga me ofereceu um pouco da Ruffles que ela comia, ontem de manhã, na hora que vinha para o escritório. E olha que eu estava bem vestido, barba feita e cabelo lavado e penteado e, apesar de magro, daí a parecer subnutrido tem um bom chão.

Isso que eu chamo de extremo da solidariedade.

Ou talvez ela tenha pensado "ali ia um desenhista... pobrezinho" e já sabia do destino da maioria das almas que escolhem essa profissão.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, dezembro 12, 2005


Back to the chain gang

Sim, do meu bom e velho Pentium 500 para o mundo. Incrível, o danado até que está rápido e, ao que tudo indica, dará conta do recado até o meu pc número 1 ser devidamente consertado (sabe-se lá quando, visto que não consegui ainda correr atrás de um técnico para consertar o pobre).

Esta relíquia da qual escrevo neste momento posso dizer que é de estimação, visto que é herança do meu primeiro emprego. Fiquei com ele porque os meus ex-chefes não tinham como pagar todo o dinheiro que me deviam quando saí da empresa, e entrei em acordo para pegar uma parte em equipamento - e, embora tivesse preferido o dinheiro naquela época, é uma das coisas que jamais me arrpendi, arrisco dizer que foi um dos melhores negócios da minha vida.

Buenos, se tudo correr bem, de volta a frequência normal muito em breve, especialmente se conseguir instalar metade dos programas que preciso aqui.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, dezembro 05, 2005



Cheguei a conclusão que meu irmão é eletroapático. Toda vez que meu computador pifa é sempre na mão dele.

Sem pc novamente por uns dias.

Droga.


posted by D. Vespa




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quinta-feira, dezembro 01, 2005


Apito de chamar doidos, contagem da semana.

Há um sujeito lendário na zona leste de São Paulo que se auto-intitula Ivan, o Terrível, que deve ser o candidato a vereador ou deputado mais pobre do mundo, e que muito provavelmente já perdeu toda sanidade que talvez algum dia tenha tido.

Ontem, estava eu por aquelas bandas a esperar um ônibus quando surge a figura em campanha, gritando para os carros que passavam "eu sou o Ivan! Votem em mim! Eu sou o Ivan" (sim, ele realmente tem número e partido pelo qual se lança), com um saco de plástico transparente imenso em uma das mãos acenando para tudo e todos. Até aí, tudo relativamente normal (já aprendi a não me surpreender com essas cenas nesta cidade, ainda mais ao meu redor) até que, entre as 6 ou 7 pessoas que estavam também no ponto, ele olha diretamente para mim e vem seco, sem sequer olhar para os lados.

"Paz Eterna" disse, estendendo a mão. Eu, cortês, estendi a mão e desejei o mesmo para ele, estranhando que ele tenha falado "oi, tudo bom?" ou "como vai?" ou qualquer uma destas frases mais comuns utilizadas em cumprimentos. Em seguida ele pergunta "Qual loja você freqüenta?", e tive que conter uma vontade absurda de rir, pois, coincidentemente, estou lendo um livro sobre conspiração Rosa Cruz, Maçonaria e outras sociedades (o Pendulo de Foucault, que tem no mínimo 15 anos a mais que o Código da Vinci, Anjos e Demônios e etc), e percebi que o cara me confundiu com um iniciado de alguma ordem, muito provavelmente Rosa Cruz por conta do ankh que eu uso de vez em quando, mas não fiquei para descobrir isto porque meu ônibus veio e eu aproveitei para fugir rapidinho antes que ele começasse a puxar muito assunto. Vai que eu descubro demais sobre algo e um belo dia aparece quinze templários na porta de casa me procurando, já me chega os evangélicos de sempre.

Anteontem um senhor, com olhar vazio e um tanto desnorteado porém feliz, andava com dois limpadores de pára-brisas na mão e eu, como de praxe, tentei não olhar diretamente para ele (pessoas assim são como assombrações, se você olha elas passam a existir e te seguem), mas não houve jeito: enfiou-se no meu caminho e compartilhou o achado dele comigo, perguntando 5 vezes consecutivas "olha só! Não está quase nova? É um desperdício. Não está quase nova?" e eu concordando "sim, sim, está quase nova mesmo". Ele me seguiu por meia quadra até ir, ainda na maior alegria do mundo, para o outro lado guardar a sua preciosidade.

Se não aparecessem estes tipos via internet também eu desconfiaria que é algum desequilíbrio de feromônios que atraem estas pessoas. Deve ter alguma explicação místico-religiosa ou coisa assim, não é possível uma coisa dessas. Tatuarei círculos de proteção nas costas, quem sabe resolva...


posted by D. Vespa




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.