segunda-feira, outubro 31, 2005



Toda vez que tiro o cavanhaque demora no mínimo uma semana até que eu acostume novamente com o meu rosto no espelho com o queixo a mostra.

E sempre acho acho que fico parecendo integrante do Type O Negative.

Poutz.


posted by D. Vespa




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Pequenas cousas boas da vida

- Confirmar que o mundo funciona com lógica diferente de quinta de noite até domingo. Enquanto os outros dias pertencem à lógica que rege o mundo e que o faz funcionar como um relógio, os outros pertencem totalmente ao caos (que de vez em quanto tasca óleo ou areia nas engrenagens, e não necessariamente um ou outro acontecimento é bom ou mal. Ou não).

- Acordar de ressaca e encontrar meia garrafa de coca-cola e alguns pedaços da pizza de ontem no forno. Ou ainda, chegar no escritório e ver que colocaram uma garrafa de café nova muito maior e mais bonita (neste caso seria felicidade completa se ainda por cima estivesse cheia de capuccino).

- Receber as horas extras e gastar metade da grana sem sentir remorso algum por isso, com plena consciência que não vai foder com suas contas no fim do mês.

- Saber que não tem uma única pessoa que eu gosto de manter ao redor que tenha todos os parafusos no lugar.

- Conseguir quem compartilhe minha insônia e tenha a mesma temeridade que eu para arriscar entrar em roubadas.

Bom humor numa segunda-feira, algo não muito normal. Deve ser porque hoje é um dia exatamente entre um solstício e um equinócio.



Halloween é o cacete, hoje é BELTANE, seus lerdos!


posted by D. Vespa




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terça-feira, outubro 25, 2005


Whorpdate

Tira da semana. Ou da quinzena. Ou do mês, sei lá.


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sábado, outubro 22, 2005


Via Infernae

Após duas semanas trabalhando mais de 15 horas/dia (fora pelo final de semana passado, mas que também tive bons motivos para continuar sem dormir direito), finalmente consigo estabilizar as cousas e retornar à minha rotina normal. Posso novamente dar atenção a blog, tiras e flog.

Começo a acreditar cada vez mais nas pessoas que dizem que sou uma presença nociva sob o planeta... Ontem, por exemplo, por minha causa um amigo meu perdeu sua aula de cálculo (que eu não entenderia em 100 anos mesmo que tentasse, imagino então que não deva ser tão fácil para ele também, apesar da maior intimidade com números e fórmulas) e induzi uma amiga minha (mesmo que sem a intenção) ao primeiro pileque dela. Ela não ficou bêbada (acho), mas ficou levemente alterada. Tudo isso porque saindo do trabalho eu disse “vamos procurar um lugar pra tomar UMA cerveja?”.

Esta foi uma semana engraçada e estranha por vários motivos, e parte dela dediquei a obtenção de novos inimigos para minha galeria (que não são muitos, mas a maioria são pessoas que realmente não é saudável não tê-las a seu favor). Um deles foi por conseqüência de uma crise grave de sinceridade – em geral eu sou sincero o tempo todo, mas normalmente sou educado ao emitir minha opinião sobre algo, especialmente tratando-se de um amigo ou um colega de escritório ou coisa assim. No caso, além de colega, é um superior.

Tenho culpa? Entro na sala para falar com o coordenador da minha área e o cara estava numa conversa animada com uma menina que trabalha conosco. Ela ria e falava “Cara, você é chato pra caramba”. O sujeito responde “Eu não sou chato nada! Quer ver? Bardo*, eu sou chato?”.

Eu virei com a mesma expressão que estava enquanto falava sobre serviço com o coordenador e, sem alterá-la, falei “Bom... na maior parte do tempo é bastante” e virei e continuei a conversar sobre o serviço como se nada houvesse acontecido. Deixei o cara um bocado sem graça, e não, não dei aquela risadinha padrão para deixa-lo confortável pensando “aaah, mas só estava brincando...”

Eu não tenho mais somente tijolinhos no inferno, atualmente devo já ter alguns galpões inteiros.

*Não, não me chamam de Bardo no escritório, lá normalmente usam o nome que minha mãe levou nove meses para decidir.


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terça-feira, outubro 18, 2005



Dormir é para os fracos.


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terça-feira, outubro 11, 2005


Onde está todo mundo?

DC mandou um lindo cartão de São Thiago de Compostela dizendo que ainda não encontrou os cogumelos que Paulo Coelho ingeriu enquanto este passeava por lá. Disse-me também que, logo que voltar, pretende escrever um livro chinfrim e ganhar milhões de reais sem nunca mais precisar tirar a bunda da cadeira (ou coloca-la para o alto).

Quanto a mim, voltei a ter problemas com a Máfia Russa e tenho evitado qualquer meio de comunicação que possa denunciar meu atual paradeiro. Como eu podia adivinhar que ela era virgem e filha do chefão daquela bodega com mais de meio litro de vodka na cabeça?


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sexta-feira, outubro 07, 2005



Acho que preciso aumentar a dosagem do plástico bolha.

Humanos malditos.


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quinta-feira, outubro 06, 2005



Quem precisa de Prozac quando se tem plástico bolha?


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quarta-feira, outubro 05, 2005


Uma nota sobre desarmamento

É óbvio que eu gostaria que ninguém tivesse armas. É óbvio que eu queria viver na realidade utópica que apresentam nas propagandas a favor do sim ou no mundo que, apesar de violento, é totalmente seguro graças às armas, assim como é apresentado nas propagandas em prol do não (se eu fosse psiquiatra acho que diagnosticaria esquizofrenia coletiva ao povo que luta pelo não. O povo do sim ao menos é só hippie, não precisa fazer sentido o que falam).

Mas o que até agora não consegui foram dados sólidos, frios (isento de paixões, vontades ou índole de quem os coletou) e completamente imparciais do que tudo isto pode acarretar, caso o sim saia vencedor. Não quero saber do fazendeiro que mora em Cabrobró e tem problemas com a falta de segurança portanto precisa da arma, é uma situação que é totalmente a exceção da exceção, não é uma realidade aplicável a um pais inteiro, ou que, em contrapartida, o Carlinhos Brown (artista “consciente” padrão globo) sabe fazer sinal de pombinha com as mãos - coisa que deve comover muito a bandidagem se você o fizer durante um sequestro ou assalto.

Bom, os pontos que me levam a questionar a validade do referendo são:

- Quem já tem porte e armas não terá que se desfazer delas (repare, é proibido o comércio, não o porte. Ou seja, o sujeito só não pode vender a arma, mas ter e portar sim. Mudou o que?);

- Já é um porre tirar porte e a grande maioria não consegue, e até onde sei, civis não podem mais tira-lo já há algum tempo. Uma pessoa que não possua porte pode comprar armas legalmente? Eu ainda não sei se isso é possível. Se sim, acho que solução melhor seria restringir a venda somente a quem tiver a habilitação comprovando preparo para possuir a arma;

- O sujeito que é pego com armas e que não tem direito de porta-las automaticamente é classificado como contraventor. Logo, não faz diferença alguma ter comércio proibido ou não se a pessoa não tiver a licença para possuir um revolver. Procede?;

- Eu acho SIM que muitos bandidos se sentirão muito mais a vontade na prática de crimes como invasões ou assaltos nas ruas, mesmo que o cidadão comum raramente tenha armas legais (ou não legais) já nos dias de hoje. Claro, será um efeito puramente psicológico e temporário, mas acarretará em danos graves até passar;

- Há casos que é necessário portar uma arma. Eu jamais seria um taxista ou um dono de bar sem ter uma – Aliás, eu já presenciei o começo de uma briga que teria tomado proporções homéricas se o dono do lugar não houvesse puxado o revolver debaixo do balcão e mostrado para os envolvidos. Foi uma forma bem rápida de colocar aquele povo pra fora do lugar;

- A única vez que fui ameaçado na minha vida por um sujeito que tinha armas provinha de um ser que nem de longe pode ter porte. Não creio que ele ou qualquer outro cabeça-oca da mesma laia vá desfazer-se delas simplesmente porque o referendo deu sim. Qual a solução então?

Estas e outras coisas ainda estão na minha cabeça e me impedem de decidir pelo que vou votar. Se fosse pra faze-lo sem pensar, instintivamente eu voltaria pelo sim, mas totalmente movido pela raiva que tenho de qualquer coisa que possa causar danos em qualquer escala a outras pessoas sem a não permissão de uma defesa justa - é fácil demais ser macho atrás de um revolver. Mas a partir do momento que eu não acredito que fará alguma grande diferença, não posso ir lá e simplesmente clicar no sim sem ter uma justificativa pra mim mesmo. Vai ter impacto. Vai trazer transtorno pra gente que eu não conheço e que não sei o porque deles pela opção por ter uma arma. Não acho que se o não vencer todo mundo irá querer ser o Charles Bronson, como muita gente já me disse – afinal, como falou um cara de uma lista que participo, armas não são o Um Anel de “O sr. dos Anéis” e ficam tentando as pessoas a usa-las – se elas usam, é por livre e espontânea vontade. Se não for um revolver, será uma faca, um paralelepípedo ou uma garrafa quebrada.

Juro que estou me esforçando para arrumar algum argumento que me convença a votar pelo sim mas, pela lógica que eu consegui estabelecer, ainda não consegui motivos suficientes que justificassem mudança na situação atual.

Seguindo a busca por mais respostas.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, outubro 03, 2005


Apito de chamar doidos ON

Segunda ameaça à minha integridade física este ano, mas ao menos nesta ninguém falou ainda que quer "passar chumbo"* em mim.

É um recorde. O primeiro foi por conta da namorada de um conhecido, ele tinha a firme crença que eu pegava a moça (coisa que deveria ter tentado, ao menos seria mais justificada a bravata do dito). Esta de hoje partiu de um sujeito que eu mandei tomar vergonha na cara, por conta de uma atitude dele completamente anti-ética, corrupta e suja relativa ao ambiente profissional em que trabalhávamos, o que deixou o malaco todo nervosinho.

Saco. Odeio gente medíocre.

*Passar chumbo: atirar em outra pessoa com arma de fogo. Não confundir com o famoso esporte gaucho (também muito popular em Minas Gerais) conhecido como "Levar Ferro".


posted by D. Vespa




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domingo, outubro 02, 2005


Médicos...

...não gosto deles.
Sempre que um ou mais destes me vêem, correm em minha direção apontando suas seringas e bisturis, logo após gritarem: "Lá está ele! Vamos picá-lo, sedá-lo e cortá-lo!"

Mas ao menos não são homo-maníacos sexuais, como os enfermeiros, que por não terem permissão do Ministério da Saúde para abrir novos, só mexem nos buracos que já existem.


posted by Pinguim




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.