quinta-feira, setembro 29, 2005


Pergunta cretina

“E aí me perguntei: ‘Por que será que eu vendo mais sandálias do que disco?’ ”

Wanessa Camargo, cantora, que está tentando uma guinada na carreira musical

http://www.terra.com.br/istoegente/316/frases/

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Alguém se habilita a explicar pra moça?


posted by D. Vespa




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quarta-feira, setembro 28, 2005


Smiths

Constatação sobre The Smiths proferida por um amigo do meu irmão: "a banda é legal porque é basicamente um fanho cantando acompanhado por um violãozinho porco".

Por mais que eu goste de Smiths não tenho como tirar a razão do cara.


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terça-feira, setembro 27, 2005


Whorpdate

Herege! Queimem-no! Queimem-no!


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segunda-feira, setembro 26, 2005


Você confirma que tem tendências suicidas quando...

... Grita pela quarta vez consecutiva "Toca Rauuul" em meio a 30.000 pessoas durante um show do Sepultura, pouco antes do Slipknot subir ao palco.


posted by D. Vespa




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sexta-feira, setembro 23, 2005


Da série "Guia de sobrevivência corporativa"

Fórmula para aliviar o stress durante um dia caótico no escritório:

- Entre numa lista de discussão sobre desenho ou qualquer assunto que utilize interpretação subjetiva;

- Procure alguém que seja relativamente famoso e que possua tendência a neuroses. Aliás, quase todos que são relativamente famosos possuem esta característica. Relativamente anônimos só devem ser usados em último caso, e somente se possuirem um ego de tamanho igual ou superior a um fusca 1.6 modelo 1965;

- Pegue qualquer assunto cretino em discussão e discorde totalmente do alvo, usando da maior sensatez possível em sua argumentação (ou, no mínimo, aparentando ter alguma). Sim, o assunto deve ser necessariamente cretino e não, não pode haver substituição deste requisito sob hipótese alguma;

- A partir daqui é só deixar o circo pegar fogo, e divertir-se pensando que alguém pode a qualquer momento enfartar por sua culpa.

Se falhar, imagine pessoas não-queridas entrando em combustão espontânea. Também reduz um bocado a tensão, mas não de forma tão eficaz quanto a primeira sugestão.


posted by D. Vespa




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quinta-feira, setembro 22, 2005


Notas para mim mesmo:

Comprar:

- 2 lâminas descartáveis
- 1 extensão para fone de ouvido
- 1 cabo RCA
- 5 pãezinhos (cacetinho é o caralho)
- 1 Toyota Corolla modelo 2003
- Cuba (a ilha de Fidel Castro)


Só pra não esquecer...


posted by Pinguim




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Notas para mim mesmo:

1.ª - Idéia: Milk Shake de Nutella. Já havia sugerido isto há umas duas semanas, e ontem uma amiga minha falou a mesma coisa. Uma vez que eu não tinha conversado sobre isto com ela e que não temos contatos comuns que poderiam ter falado, encararei como um sinal divino, Deus realmente quer que eu faça esta mistura (eu não entendo porque o puto se recusa a falar estas coisas diretamente. Certo por linhas tortas é o cacete).

2.ª - Frase: "Quem não bebe não tem muitas histórias". Constatação semi-alcoolizada da mesma amiga que falou sobre o tal do Milk Shake.

Só pra não esquecer.


posted by D. Vespa




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quarta-feira, setembro 21, 2005


Serviço de Atendimento ao Consumidor

"Bah!
Concordo com o layout, mas será q não dava pra incluir um recurso extra q separa os posts por assunto?
Assim eu só lia os posts viagens-psicodélicas-da-vida-ordinária-de-Joe e os comentários sarcásticos sobre estilos de vida...
O resto é tão divertido qto um ataque cardíaco...


Sarcastik"







Caro Gaúcho,

Lembre-se que há gosto para tudo, e quem fabrica remédios de tarja preta lucra bastante com ataques cardíacos.

Mas ontem você estava todo lépido, serelepe e empolgado, nos pedindo emprego.
Hoje, esta aí, reclamando do nosso decrescente padrão de qualidade.

Obrigado por nos dar a prova cabal de que temos toda a razão em estarmos nos lixando para os nossos leitores.


posted by Pinguim




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Serviço de Atendimento ao Consumidor

O leitor Eduardo, que atende carinhosamente pelo apelido de "Pica-Pau" (no mínimo é gaúcho), nos enviou a seguinte questão:

"Pq vc não convida alguém com devida acidez política para postar neste blog?

Este é o momento político.

Pica-Pau"


Entre vários fatores, um dos motivos para a prática não constante de acidez política no blog é essa:

"Mas você está usando uma camiseta do Lobo, não é possível que não tenha vontade de derrubar algo!"

Último argumento que ouvi de um militante do PSTU quase aos prantos (e não estou exagerando) depois de discutir comigo por mais de uma hora, por conta de eu ter frustrado a tentativa dele em arrebanhar estudantes para uma passeata do tipo "o governo quer acabar com a carteirinha da UNE" ou qualquer dessas histórinhas que inventam pra jogar estudantes na Av. Paulista somente pra aumentar o número de manifestantes de passeatas pró Sem Terras / CUT / gays / cotas raciais / [insira aqui seu motivo para encher o saco de motoristas que não tem nada a ver com seus problemas]. Para se ter uma idéia do quanto estraguei a "missão" do sujeito, eu convenci por volta de 150 pessoas a não aderir àquela lorota. Foi engraçado ver os dois ônibus fretados pelo partido irem embora com aproximadas 10 pessoas em cada um(levando em conta motoristas e uns 4 militantes).

Onde diabos está a graça em ser ácido com políticos ou "politizados" como os nossos?

Mas é fato que ainda rio sozinho toda vez que lembro que o Maluf ainda está na cadeia.


posted by D. Vespa




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Tecnologia

Recebi a foto abaixo num e-mail, que provavelmente já deve ser de conhecimento comum dos internautas.

Clique para ampliar


Não está errado.
Simplesmente os portugueses são os precursores da tecnologia de "Teclado Virtual Real".
Cada vez que você entra no caixa, ele assume posições novas para impedir que decorem sua senha observando-o digitá-la de fora da cabine.


posted by Pinguim




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terça-feira, setembro 20, 2005



Gostaria de pedir encarecidamente ao piauiense filho-da-puta que tem me ligado a cobrar já há duas semanas, que pare.
Ou então, pelo menos, escolha horários mais apropriados e pare de interromper meus momentos de sexo solitário.


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Eu realmente queria saber o que os Ming faziam além de fabricarem vasos.


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Definitivamente eu não consigo trabalhar com fome.
Quando eu for o Senhor Supremo do Universo, todos os mercados e padarias serão 24 horas.

E todos terão um clone da Cameron Diaz no caixa, usando essa roupa como uniforme.


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Detalhes, detalhes...

Domingo à noite, eu falando para meu irmão:
- Fui ao show da banda da Teka ontem. Bem bacana, pesadão, e o vocal fica se esgoelando. Bem legal MESMO.
- Ah, legal. E cantam em inglês ou português?
- Peraí, não começa a fazer pergunta difícil...


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segunda-feira, setembro 19, 2005


Post Comemorativo (ou não).

Dia após dia, incessantemente, buscando a melhor forma de utilizarmos o nosso tempo ocioso numa tarefa vã. Algo que não é difícil fazer, porém, fazer com estilo, que é o que realmente importa, já são outros quinhentos... e pensando bem, nem sempre é feita em tempo ocioso - muitas vezes eu ou o DC devíamos cuidar de outras coisas bem mais urgentes (do tipo que dão dinheiro, por exemplo), ao invés de procurar bugs, fazer correções, textos metidos a engraçados, relatos de passagens surreais do cotidiano, tiras, imagens e outras coisas que ainda esperam por classificação. Já Deus, este tem todo tempo do mundo, logo não existem tarefas urgentes ou tempo ocioso para ele.

Buenos, direto ao ponto: hoje, 19 de setembro de 2005, o Whorpa atinge o seu centésimo post, exatamente cinqüenta dias após seu início. Uma média de dois posts/dia - e, levando em conta que algumas vezes houveram "vácuos" entre postagens de todos os autores, significa que em alguns períodos nós postamos como dementes, chegando a absurdas dez postagens num único dia - considerando que em geral os surtos nunca eram dos três ao mesmo tempo, mas "surtos-solos" de algum dos participantes (normalmente eu ou o DC).

Poderíamos agradecer a todos que nos acompanham e dizer que vamos nos esforçar para manter textos e materiais diversos com uma qualidade regular no blog, mas a verdade é que somente a primeira parte procede - agradecer, sim, até podemos mesmo agradecer às pessoas... mas em relação a qualidade dos textos, se não conseguimos nem mesmo garantir que passamos verdadeiramente com êxito no exame psicotécnico para tirar a carteira de motorista, fica impossível prometer que manteremos algum padrão coerente no que se publica por aqui.

Aliás, lembro-me que tudo começou numa sexta à noite, numa longínqua cidade interiorana, enquanto eu estudava inglês, DC montava um servidor e Deus olhava por nós (amém), e que, em algum momento, movidos por cansaço, neuroses e o sarcasmo natural já elevado à décima segunda potência (sabe, naquela hora que o superego vai pro espaço e a conexão id / ego torna-se direta, em geral por conta de falta de sono), surgiu uma enxurrada de idéias e bobagens com as quais montamos praticamente toda a estrutura, conceitos e elementos do site – tudo de uma vez só. Naquele momento, acreditamos que boa parte das idéias desagradaria a muita gente, mas como o fato é que estávamos pouco nos lixando (e tecnicamente ainda estamos), usamo-las assim mesmo. Se no final ficou bom ou ruim ainda não sei, mas ao menos o layout saiu bonitinho.

Cem postagens e ainda não encerramos o período de test-drive do Whorpa... se continuar assim, quebraremos o recorde do ICQ de permanência em versão beta.


posted by D. Vespa




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Love Letter

"Minha Idolatrada,


Hoje bati uma para você.
Amanhã baterei novamente.

Estamos com saudade.

Com amor,
Fernando Bráulio"


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Twilight Zone

Um dos poucos programas de televisão que me recordo assistir, na minha infância, era o Além da Imaginação.
Mostrava uma série de situações nonsenses e estapafúrdias em película de cinema que, por algum motivo bizarro, se mostrava muito atraente e rendia bons pontos de audiência - me recordo da família inteira assistindo-o após o Fantástico, na Globo.

Descobri que andaram refilmando a série, com novas histórias nonsenses e estapafúrdias, mas com um teor um pouco mais politicamente correto e com o ator Forest Whitaker como hostess da série. Passa nas madrugadas do SBT - que pode ser uma emissora bem porcaria (principalmente quando resolve reprisar "Nice Guy - Bom de Briga" pela ducentésima quinquagésima oitava vez), mas especialista nesse tipo de pérola televisiva.

Não sei se por saudosismo, lapso memorial ou pelo apresentador escolhido, não é a mesma coisa de antigamente - e eu nunca achei que falaria algo assim, um dia.
Sempre achei-o (Forest) um bom ator, e o jeito zarolho daquele negão dava um "Q" a mais para seus personagens. Mas acho que parei de levar o cara a sério desde que ele encarnou um militar que namorava um transexual no filme The Crying Game (um dos primeiros longas a mostrar o modus operandi do exército terrorista irlandês - IRA).

Nada contra alguém namorar um travecão... não que eu namoraria.
Mas aquele negócio de defender a curra como se fosse a melhor coisa que poderia ter acontecido com ele não caiu muito bem... relativizando o meu desconforto, se tirassem a biba e colocassem maconha e tirassem o F. Whitaker e colocassem o Marcelo D2, já daria um processo pesado por apologia as drogas.

Se meu preconceito (?!?) ainda não fizer muito sentido, peguem a frase "Eu canto assim porque fumo maconha" e façam o processo de substituição inverso.


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domingo, setembro 18, 2005


Despertar

Ontem de manhã eu estava dormindo no chão da sala - faz parte do meu exercício para controle do egocentrismo e de desvencilhar dos valores pseudo-mundanos -, quando acordei com alguns gritos.

Me levantei de soslaio (gostaram do vernáculo, seu putos ignorantes?!?) e vi que minha irmã bradava alto, reclamando da música alta - se é que música sertaneja pode ser assim chamada - que vinha logo cedo da casa do vizinho, acordando-a várias horas antes do que é comum dentro de sua rotina habitual.

Parecendo mais homem que eu (e olha que isso é difícil pacas), ela ameaçava ir até lá e mandar que abaixassem o volume. Minha mãe (ainda não tenho real certeza se dela também), a continha como podia.


Observação: eu não acordei com o som alto, mas sim com os gritos dela.


Já falei anteriormente, mas friso: minha irmã é evangélica.

Moral da história: se você já acordou as 8 da manhã com cantos evangélicos ou qualquer manifestação de cunho religioso na soleira de sua porta, sinta-se vingado.


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quinta-feira, setembro 15, 2005


Desculpas

Já saí da prisão.
Agradeço ao Bardo por ter levado quentinhas para mim e ter suportado todos aqueles momentos de indignas revistas corporais. Nessas horas que conhecemos os verdadeiros amigos.
Agradeço a Deus por não ter permitido que me currassem (muito).

Voltarei a postar decentemente em alguns poucos dias, tão logo possa me sentar para escrever.
Também estrearei uma sessão de tiras próprias, em conjunto ao "retorno" (ou quase). Apesar do Bardo e Deus estarem tentando me corrigir nisso, mal sei desenhar; mas acredito que consigo resolver esse problema de um modo que isso não importe tanto, por hora.

Obrigado pela atenção e tenham um bom-dia.


PS: Maluf mandou dizer que ele vai voltar e conta com o voto de todos os paulistas (independente de se candidatar dentro ou fora de São Paulo)

PS2: só não mandei o Maluf ir tomar no cu por estar meio traumatizado com esse negócio


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quarta-feira, setembro 14, 2005



Eu gosto do paradoxo que existe na simbologia relativa ao gelo.

Normalmente é associado ao frio, distância, depressão, dias cinzentos e coisas assim.

Pouca gente pensa em olhar que assim como ele destrói ele também pode preservar - e, consequentemente, usar isso a seu favor. Acho que li algo sobre isso em algum canto que falava das runas vikings (a escrita/simbolos religiosos/etc, não o jogo de runas).

Na verdade é só um jeito de poder jogar um comentário sobre gostar de dias frios.
Humor estranho por estes dias.


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terça-feira, setembro 13, 2005


Pequenos absurdos do dia-a-dia

Porque ignorância pouca é bobagem.


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segunda-feira, setembro 12, 2005


Aviso

DC pediu que eu avisasse a todos que ele voltará a postar em breve, logo que conseguirmos todo o dinheiro para pagar a fiança dele. Até tentei entrar com um notebook conectado na internet no centro de detenção, mas infelizmente acusou no detector de metais (fora que estranharam o fato da minha barriga ser quadrada. Devia ter posto na mochila ao invés de colocar por baixo da camiseta).

Bem que eu avisei que essa mania de tocar fogo em botecos não ia acabar bem...


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quinta-feira, setembro 08, 2005


..!

Mais uma confirmação do post anterior agora pela manhã, mas provinda de fonte diferente e sem ligação alguma com a outra.

Estarão jogando Prozac ao invés de cloro na água?

Os níveis de surrealidade do mundo estão próximos de atingir massa crítica esta semana.


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quarta-feira, setembro 07, 2005


E o apito de chamar doido ...

...Anda mais ativo do que nunca.

E ultimamente, além de atrair pessoas com parafusos a menos, ainda por cima deram de me achar uma pessoa legal.

Na encarnação posterior a esta entrarei discretamente na fila das corujas ou guaxinins.

Humanos são seres complicados demais.


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terça-feira, setembro 06, 2005


...

A primeira vez que usei um terno completo foi no dia da minha formatura do primeiro grau. Aliás, que me lembre, foi a única vez na minha vida que usei uma gravata.

Olhava-me no espelho e pensava no quanto eu parecia um pingüim com aquela roupa, e como não me sentia nada confortável - até hoje não me sinto a vontade, mas nada como naquela vez. Após alguns instantes observando a figura que eu fazia, não tive dúvidas: fui até a caixa de remédios, enchi boca, narinas e ouvidos de algodão e deitei no sofá de olhos fechados e com as mãos sobre a barriga, por uns dez minutos, até que alguém passasse pela sala.

Foi uma das poucas vezes que vi minha mãe ficar tão pálida com um choque.


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Auto-restrições

Eu jamais poderei ter um guarda-chuva com ponta de aço.

Quando tenho um destes na mão, a tentação de bater com a ponta no meio do peito de alguém é MUITO forte.


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Devoradores são uma mescla de caçadores e colecionadores.

Enquanto um caçador encarrega-se somente de buscar para levar ao lugar que lhe é devido, e colecionadores apenas de guardar e zelar, devoradores escondem-se nas fronteiras escuras existentes entre as orbes, e predam determinadas almas que porventura venham a cruzar seu caminho. Cada um ao seu estilo, de acordo com a vestimenta escolhida para sua aparência exterior, com a simbologia que melhor lhe convier. Como um colecionador, ele busca sempre algum tipo específico de anima, jamais escolhendo-a a esmo.

Às vezes eles chegam como criaturas de muitos olhos e carnes emaranhadas, fincando as pontas dos ferrões na vítima e separando, vagarosamente, pele de músculo e músculo de ossos, veia a veia, nervo a nervo - detendo-se por mais tempo nestes últimos, pois enquanto as minúsculas e afiadas agulhas nos extremos de seus tentáculos ainda estão enterrados sob o corpo da presa, ele divide parte das sensações com a mesma - e seja dor ou prazer, para ele tanto faz, é o suficiente para satisfazer a sua ânsia por sentir algo. Por fim, terminado o esfacelamento, a alma passa a fazer parte do imenso horror que o atacou, tendo seus restos absorvidos pelo captor.

Outras vezes, são distintos cavalheiros ou damas, sutis, delicados com as palavras, e que aos poucos ganham a sua confiança. Induzem a vítima a se expor, a mostrar verdadeiros sentimentos até conseguirem, finalmente, criar elos que, aos olhos da vítima, serão fortes, duradouros e sinceros. No primeiro momento após esta conquista o devorador jogará isto contra a própria pessoa, dando-lhe visão ampliada e distorcida dos próprios defeitos dela - mas não de forma que possam ser confrontados e sanados, mas como se estes fossem totalmente irreversíveis. É curioso que, normalmente, pessoas de boa índole são mais suscetíveis a este ataque. Por fim, o medo e culpa é o que lhe serve de alimento, e ele abandona uma carcaça agonizante em meio aos cenários de penumbras áridos comuns às fronteiras. Sabe-se lá quanto tempo até que saia deste estado.

Se um dia sair.

Tenha cuidado nos extremos das orbes.



posted by D. Vespa




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A comunidade científica deveria pesquisar a ação da luz do Sol e da água do mar em doses diárias no combate contra as doenças depressivas.

Eu nunca ouvi falar de um carioca sofrendo de crise existencial.


posted by Pinguim




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segunda-feira, setembro 05, 2005


Conversa ocorrida há 5 minutos com meu pai:

- O que é isso?
- Ah, é a caixa que usaram pra embalar meu presente.
- Posso jogar fora?
- Pode, pode sim. Peraí, deixa só pegar o plástico-bolha.
- ...E pra que você quer isso..?
- Ué! Pra estourar, é claro. Pra que mais?

Meu pai faz cada pergunta às vezes...


posted by D. Vespa




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Explicações que não estão no dicionário

Não lembro exatamente o que eu fiz, mas minha irmã (crente da bunda quente) me chamou de "pentelho".
Odeio essa palavra, mas como não espanco (mais) minha irmã, vale a psicologia direta.


- Você sabe o que significa isso?
- O que?
- "pentelho".
- Alguém chato, ué.
- Não. Pentelho é o cabelo do saco.
- Ai, nada a ver.
- É verdade.
- Então porque a gente chama alguém de pentelho quando fala de alguém irritante?
- Imagine a cena... você cai de boca numa pica, e chupa gostoso. Alguns pêlos pubianos vão parar dentro da sua boca. Você cospe, eles não saem. Tenta caçar com a mão, e eles acabam indo parar na sua garganta. Quanto mais tosse, mais eles entram. Horas depois, você ainda vai sentí-los perto da entrada do seu ouvido. São pentelhos.
- Ai que horror...



Ela nunca mais me chamou disso.


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Grandes Lições da Vida

Namorar com a filha da cabelereira para tentar cortar o cabelo de graça não dá certo, se a cabelereira for japonesa ou a filha dela não for virgem.


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domingo, setembro 04, 2005


Whorpdate

Tira nova no ar.

E eu ainda acho que ele deveria ter se dedicado a ensinar como se converte água para vinho, ao invés destas bobagens como amar ao próximo.


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Sem Noção

Metrô-SP. Linha vermelha.
Ele entra. O vagão se fecha. O trem parte.

Se sentindo incomodado com aquele olhar fixo e direto, envia um SMS ao amigo:

"tem uma mulher me encarando"


A resposta vem:

"ela quer sexo"


Ele dá o reply:

"eh uma senhora idosa"


Nova resposta:

"panela velha faz comida boa"


Ele explica:

"estou no metrô"


Ele finaliza:

"coma-a no banco para idosos"


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Blogar

Até alguns anos atrás, esse verbo nem existia. Ou talvez existisse como um daqueles vocábulos constituídos apenas de forma, construído oralmente por alguém em algum momento qualquer por mero efeito poético dentro de um contexto surgido sem motivo útil aparente.

Eu blogo, tu blogas, ele bloga, nós blogamos, vós blogais, eles blogam.
Conjugue repetidamente até que comece a soar estranho e siga até que perca o sentido.
Se é que o havia.


Blogar é um negócio engraçado.
Não é tão somente escrever. Mas também não é escrever.

Apesar da formatação, não é um diário. Não mais.
Diários são retratos fiéis de anseios pessoais, secretos e sigilosos, muito diferentes das linhas mal escritas por aquele que se sabe lido, ou vigiado.
O diarista escreve para si, o blogueiro se descreve para os outros.


Portador de ojeriza por diários, numa escala que chega a ser preconceituosa e deturpada, admito, me sinto estranho ao tentar deixar as coisas por aqui um pouco menos pessoais (ou um pouco mais impessoais), dirigindo conceitos, terceirizando sentimentos e transferindo experiências, como tentativa de não me sentir invadido. Bichisse, eu sei.

No processo, na preocupação de evitar a aproximação pouco segura de gente doida e daninha, acabo por matar a graça da coisa. O que me era prazeroso, por vezes, fica com cara de obrigação.
A foda fica sem o gozo.

O legal é que todo processo se movimenta - e nos movimenta - para um lugar comum, que costuma ser próximo ao início de tudo, onde se percebe que as coisas podem continuar sendo simples como sempre foram. Que evoluir e se movimentar de cá para lá não significa se afastar daquilo que nos agrada, nem de fazer as coisas do modo que nos dá prazer, por mais simplórias que essas sejam. E que a finalidade deve ter alcance próximo, deixando que o longo fique como consequência.
Pequenas realizações podem ser grandes quando vistas do prisma correto e pelo olhar adequado, desde que esse olhar seja aquele que importa: o nosso.

Recomeços são assim.
E como blog não tem cabaço, recomeço quantas vezes eu tiver vontade.



PS: ainda me perco na hora de colocar títulos nos posts...


posted by Pinguim




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Meu cérebro dói quando tusso. E estou com medo de assoar o nariz.

E nem sei se é ressaca ou gripe. Não lembro de nada que tenha acontecido nas últimas horas.
Talvez porque eu estava dormindo.
Talvez porque eu tenha batido a cabeça enquanto dormia.


posted by Pinguim




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sexta-feira, setembro 02, 2005


Momento Marketing

Antes:

"Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e será cobrada após o sinal."


Agora:

"Deixar um recado custa poucos centavos e pode valer muito para quem recebe.
Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e será cobrada após o sinal."



Eu, que não costumo deixar recados para ninguém, dessa vez deixei.
Me senti um herói salvando alguém do suicídio.
E o que é melhor, gastando só alguns centavos.


posted by Pinguim




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A Vida Como Ela É
ou
Dona Vida, Eu A Como Como Ela É

Hoje meu pai (55 anos) veio me pedir para ensiná-lo a apagar números da lista de ligações feitas, no celular que ele ganhou algumas semanas atrás.


Acho que ele tem uma amante.


O pior é que só me preocupa o fato dela ser daqueles bem gostosas.


Afinal, é deprimente meu pai estar pegando mulher boa e eu não.


posted by Pinguim




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O tempo passa...

...e leitor de blog continua bundão como sempre.


posted by Pinguim




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quinta-feira, setembro 01, 2005


Presentes

Pessoas costumam me dar presentes no dia do Nutricionista (no caso ontem) apesar de eu não o ser. É assim desde que nasci.

Ontem, alguns amigos conspiradores tramaram enquanto eu me distraía com os e-mails que também costumo receber neste dia e me apareceram com a mocinha aí ao lado, a Morte, irmã mais velha do personagem Sandman e uma dos sete perpétuos.

Pensei em mante-la aqui na mesa do escritório para poder olha-la com mais frequência, mas aí lembrei de alguns fatores para não faze-lo:

- Em algum momento eu ia bater com a mão nela pegando uma caneta ou postit e derruba-la.

- Meu chefe, cujos movimentos são regidos por Murphy e que já derrubou desde o computador dele até quase cair com o principal servidor da rede pela janela, poderia querer olhar de perto algum dia (ele é fã de quadrinhos também).

- Eu precisava mostrar ao meu irmão sem ser por foto.

Agora está lá, num canto relativamente seguro na mesa do meu pc de casa (tirei os porta-canetas de perto) fazendo companhia para o meu boneco de zumbi.

Podem continuar conspirando contra mim sempre que quiserem, brigadão gente. :D

E sim, resolvi posta-la aqui para causar inveja aos outros deliberadamente.


posted by D. Vespa




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Pergunta

A ausência de imagens e figuras nos posts, no estilo jornal diagramado, faz com que haja preguiça na leitura de textos longos?

Obrigado.


posted by Pinguim




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Personagens Folclóricos de Cidade Pequena

Na rua mais antiga do centro da cidade, próximo a Igreja Matriz, a lavanderia e ao antigo tabelionato, mora um sujeito de meia-idade que não tem o maxilar inferior. Não se sabe ao certo se por câncer ou por algum outro tipo de problema, este foi completamente removido cirurgicamente.

Ele sempre pode ser visto sentado na pequena escada em frente a sua residência, de boné cinza, silencioso, olhar distante e sorriso aberto. É uma cena curiosa.

Quem não o conhece e o olha pela primeira vez, pensa algo como "tá faltando alguma coisa aí, mas o que será?".

Certa vez, alguns dos seus amigos juntaram uma grana e compraram para ele uma moto usada, na cor preta, de 180 cilindradas. Desde então é comum vê-lo rodando com ela pelas ruas do centro e proximidades, usando sua jaqueta de couro preta, sem capacete, com o vento batendo em seus cabelos grisalhos. Acima da lei, os policiais nunca o param para fazer perguntas.

Ganhou o apelido de "Motoqueiro Fantasma".






Na falta de um ambiente ideal de sobre-vida, boiolas proliferam por todos os cantos.
Mas apenas em cidades pequenas existem os boiolas portadores do gene X mutante - os leitores de HQs vão se atentar ao fato de que boa parte dos membros do X-Men e de outras equipes X vieram de cidades pequenas.

Até hoje não se sabe se a história é verídica, mas dizem que, certa vez, houve um cidadão que nasceu sem o pênis (pinto, cacete, bilau, etc.).

Cidadão bem conhecido, influente, muito rico e de boa família, chegou a ser vereador e líder da Câmara Municipal
Como nunca teve a possibilidade física de descobrir se as mulheres poderiam lhe causar prazer no modo bíblico, saciava-se pelo seu reto com os rapazes ativos da região, adeptos da arte de ganhar dinheiro fácil para comprar roupas de marca e acessórios para seus skates - e quero deixar claro que, apesar de ter andado muito de skate, não participei dessa época do cu dourado.

Culto, casou-se com uma moça escolhida dentre várias simplesmente por ter prazer em sua companhia, e por ela entender as impossibilidades físicas do esposo, aceitando seus hábitos sexuais pouco ortodoxos.

Faleceu aos 77 anos de idade, por insuficiência cardio-respiratória. Sem filhos.
No testamento, deixou um terço dos seus bens para a esposa, e o restante a ser distribuído em partes iguais para alguns vizinhos, moradores e antigos moradores das redondezas. Alguns, já pais de família na época, tiveram muitos problemas em explicar o porquê do recebimento daquela herança.






Toda cidade pequena é conhecida por ceder ao poder público o direito sobre a vida de todos os seus moradores. O comprimento dessa cessão de direitos é medido pelo naipe de seus fofoqueiros.
E, na minha opinião, não há nada mais curioso do que um fofoqueiro mudo.

Morador de rua, vivendo de favores e sem poder emitir sons que não fossem grunhidos, aquele rapaz usava e abusava da linguagem dos sinais para contar tudo o que via a todos.
Boa parte de sua rotina diária consistia em dar voltas pelo comércio local e pelas casas da região, sorvendo e distribuindo informação para qualquer um que lhe pagasse um lanche.
Todos diziam que era a fonte mais segura da cidade, e assim como Corinthians e Paulo Maluf, sua existência dividia opiniões entre todos os cidadãos.

Foi dele o "furo de reportagem" a respeito da perda da virgindade da filha do vice-prefeito, que ocorreu dentro de uma S10 estacionada em frente ao posto da Guarda Municipal - lugar onde ele costumava dormir a noite. A sua encenação mímica do acontecimento, delatando dia, horário e o dono do pênis invasor entrou para os registros não-escritos da cidade como uma das coisas mais engraçadas já vistas nos últimos 23 anos e foi o depoimento decisivo para o desencalhe obrigatório da moça.

Também é o responsável indireto por um dos bordões mais conhecidos da região: "- Vai tomar no seu cu, mudinho!"


posted by Pinguim




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.