terça-feira, março 28, 2006


Top 5 - Gafes

5. Certo dia, com pressa, peguei um pacote de toalhas de papel para levar até a mesa de jantar. Abri, tirei um rolo e coloquei-o sobre a mesa, ao centro. Ao redor dela, dois amigos, uma prima (extremamente gostosa) e o padre recém escolhido como responsável pela diocese local.
Foi então que vi que, ao invés do pacote de toalhas de papel, tinha pego o de papel higiênico.


4. Ano passado comecei a fazer aulas de desenho a mão livre com dois amigos ilustradores (um deles, o Bardo, daqui do Whorpa). Em troca, ensinava inglês para ambos.
O material necessário para cada aula prática me era passado durante a semana, para que eu o providenciasse até o sábado - dia escolhido para a maior parte das aulas.
Numa quinta-feira, me ligam para passar o que seria necessário para a próxima aula: um martelinho de desentortar vidro. Me disseram que podia ser comprado em casas de ferramentas ou lojas especializadas.
Anotei e saí em busca do tal em vários estabelecimentos de comércio da minha cidade e do centro de São Paulo. Mesmo após muita busca, não encontrei em lugar algum. Pedi para que minha mãe também procurasse o tal, sem resultado. Um dos atendentes de uma das lojas chegou a questionar se o nome do material havia sido anotado corretamente, ou se não estavam tirando uma com a minha cara.


3. Janeiro de 2002. Depois de uns 7 anos sem beber, na comemoração do aniversário de um amigo, entrei em coma alcoólico após 7 doses de Steinheger, alguns litros de chopp e 2 porções de frango a passarinho. Caí com a cabeça suavemente sobre o meu próprio vômito - resultado concentrado também do frango xadrez que havia almoçado naquele dia.
De táxi - onde vomitei novamente, dessa vez em cima de mim mesmo - me levaram até o Hospital das Clínicas. Enquanto esperava atendimento, segundo testemunhas, me colocaram inconsciente em uma cadeira de rodas e, com o pé direito do meu tênis sobre a minha cabeça, ficaram me jogando do alto de uma rampa de passagem.


2. Cinco anos atrás, certa noite, cheguei atrasado para pegar o último ônibus da linha intermunicipal que me deixaria em casa. O mesmo saia de uma das estações da linha Azul do metrô de São Paulo.
Era 01:30hs da madrugada. O primeiro ônibus dessa linha, na manhã seguinte, sairia às 04:40hs da manhã. Duro demais para pegar um táxi, e sem opções a curto prazo, resolvi esperar sentado em um dos bancos de pedra cobertos do local, ao lado de uma banca de jornais, fechada.
Minha barba estava um pouco comprida e minha calça de jeans clara manchada com um pouco de fuligem de um mainframe que havia aberto naquela tarde.
Cansado, acabei por adormecer por ali, meio sentado, meio deitado.
Acordei do cochilo por volta de 5:00hs da manhã e, enquanto limpava meus olhos e meu nariz das remelas adquiridas com o sereno da noite, me deparei com uma moeda de 25 centavos jogada no banco, logo ao meu lado.


1. Próximo de onde resido, existe um ponto de prostituição de travestis.
Já acostumado com as profissionais por ali, sempre que subo a rua para minha casa e encontro alguma delas no caminho, tenho o costume de perguntar, em tom jocoso: "- e aí, faz esse cu por R$ 5?", sem nem esperar resposta - são muito desbocadas, aquelas meninas.
Tenho 3 graus de miopia em cada olho; de longe, não distinguo rostos, apenas formas e cores.
Numa manhã bem cedo, estava indo até o ponto de ônibus. Havia saído sem meus óculos. O ponto das bonecas ficava no caminho.
Encontrei com uma das belezas e, como é de praxe, fiz a perguntinha besta, sem me deter na minha caminhada.

Dois dias depois, recebo uma visita em casa. Uma amiga da minha mãe veio tirar satisfações do porquê eu havia oferecido 5 reais para comer o cu da sua filha de 13 anos.





Sim, me assusta o fato de que a maior parte de minhas gafes ocorreram comigo sóbrio.


posted by Pinguim




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segunda-feira, março 27, 2006



Achei perdido aqui...




posted by Pinguim




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quinta-feira, março 23, 2006


Momento Obscuro de Reflexão

Hoje, durante uma discussão sobre o direito que os usuários de banda larga possuem de compartilhar sua conexão com outros computadores da sua própria residência, das residências vizinhas ou até com um condomínio inteiro, me surgiu na mente um assunto hoje não tão polêmico, mas bem mais antigo. O direito ao aborto.

Não que uma coisa tenha relação com a outra. Talvez seja a tal da "segunda mente" que o escritor Paulo Coelho fala no seu livro (não lembro em qual)... algo está sempre reverberando numa área reservada do nosso cérebro - seja uma música, um tema, um assunto, uma poesia - até que este algo vem a tona por algum tipo de fator.

Segundo os escritos do imortal, não temos nenhum tipo de controle nativo sobre a segunda mente. Este vem apenas com exercícios de meditação - que é o método pelo qual os bichos-grilos copulam com suas próprias mentes.


Mas voltando... aborto.
Não que eu tenha alguma propriedade para falar, pensar ou até mesmo formular uma opinião sobre o assunto. Nenhum homem o tem.
Para nós, o que chamam de milagre da vida é apenas uma passagem de "Alien, O 8º Passageiro".

O fato é que sempre defendi o direito das mulheres de fazê-lo, seja por qual motivo for.
Não que esse tipo de medida deva ser tomada de modo solitário, mas sim em conjunto com medidas sérias no sentido de educação para o planejamento familiar do populacho, da distribuição livre de anticoncepcionais (camisinhas, pílulas e fotos do Enéas nú em pêlo em cima de uma cama rosa) e de controle rigoroso sobre as clínicas que fizessem tal tipo de intervenção.

A mulher tem o direito de ser a senhora absoluta sobre seu próprio corpo e, se ela não deseja abrigar e parir um rebento, mesmo que o tal já se encontre em corpo presente, que assim não o seja.

Mas, por motivos diversos, comecei a ver a situação não de outro prisma mas, acredito, de modo mais amplo.


Se a mulher tem o direito de interromper a vida de um feto em prol de sua liberdade e bem-estar, também não teria o direito de interromper a vida de um filho recém-nascido, ou até mesmo não tão recentemente concebido? E, como podemos acompanhar nos meios de comunicação, não é exatamente isso que algumas mães têm feito, recentemente?

Seguindo a lógica do protagonista do filme carioca "Matou a Família e Foi ao Cinema", é bizarramente coerente remover do seu caminho aqueles que estão no seu caminho sem motivo lógico para tal.
"Minha família não queria que eu viajasse para Londres, e não me deram nenhum motivo para isso. Então, eu os matei." - falava o personagem de um outro filme parecido com o citado acima, numa versão européia, e baseada em fatos reais. Não me lembro do nome agora, nem se era mesmo européia, e até se era mesmo baseada em fatos reais.

Se uma mãe decide que seu rebento atrapalha ou poderá atrapalhar sua carreira, seu relacionamento amoroso ou sua vida, de um modo geral, não tem ela o direito de tirá-lo do seu caminho? E, ciente de seus deveres sociais, não querendo que o seu problema se torne o problema de outro, não pode ela chegar à linha de pensamento que prega que a entrega do seu filho para algum mecanismo de adoção não é uma opção socialmente aceitável? Afinal, foi dela a responsabilidade da concepção do bebê, é dela a responsabilidade pela sua sobrevida, então deve ser dela a responsabilidade pelo seu término.


Lógica absurda, eu sei.

Mas enfim, são apenas alguns assuntos que precisarão da minha plena ponderação quanto eu me tornar o mestre absoluto de todo o Universo.


posted by Pinguim




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quarta-feira, março 22, 2006



Devo anotar num caderno idéias para textos interessantes quando elas surgirem, pois minha memória é uma porcaria e eu esqueço delas depois.

Devo anotar num caderno idéias para textos interessantes quando elas surgirem, pois minha memória é uma porcaria e eu esqueço delas depois.

Devo anotar num caderno idéias para textos interessantes quando elas surgirem, pois minha memória é uma porcaria e eu esqueço delas depois.

Devo anotar num caderno idéias para textos interessantes quando elas surgirem, pois minha memória é uma porcaria e eu esqueço delas depois.

*Estas frases ficaram bem mais fáceis de terminar depois do advento da informática. quando o professor mandava fazer cousas assim a lousa era beeem mais demorado...*


posted by D. Vespa




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terça-feira, março 21, 2006


Como evitar sair do próprio quarto por semanas

Coisas que já tenho para tal:

- Computador que roda música, DVD e acessa internet banda larga (pra baixar mais músicas e filmes);
- Aparelho de som e um monte de CDs;
- Algumas centenas de histórias em quadrinhos (na casa das mil e duzentas revistas);
- Acesso rápido ao banheiro (exatamente ao lado do quarto);
- Material de desenho e pintura e uma mesinha digital wacom.

Coisas que me faltam para tal:

- Frigobar.

Opcionais:

- Cama redonda;
- Playstation 2.


posted by D. Vespa




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segunda-feira, março 20, 2006


E a Páscoa está chegando...

...e eu não gastava tanto dinheiro com ovos desde que tive que comprar remédios para a infecção dos meus testículos.


posted by Pinguim




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quinta-feira, março 16, 2006


Diga-me com quem andas...

Tira nova. Aliás, não tão nova, remake de um esboço antigo da série, chegou a sair no meu flog há uns dois anos, agora devidamente desenhada.


posted by D. Vespa




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Google... Mars?!

http://www.google.com/mars/

O Google percebeu que dominar o mundo era fácil demais e decidiu partir pro sistema solar inteiro de uma vez.

Pior que este é sério MESMO, ao contrário do Google Moon.

Que coisa.


posted by D. Vespa




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terça-feira, março 14, 2006



Pois bem, pois bem...

Este ano desde seu começo tem sido deveras complicado, em vários níveis diferentes e não necessariamente ligados entre si, exceto por eu estar inserido neles.

Num deles, as turbulências das últimas três semanas levaram a um desfecho que até para mim foi inesperado na semana passada, embora a idéia já houvesse surgido um sem número de vezes na minha cabeça nos últimos tempos, não imaginei que atingiria o ponto de ligar o foda-se e chutar o balde e o que mais estivesse na frente para o alto. O caso é que me dei conta do quanto eu prezo o ambiente ao meu redor e que, por mais que eu goste das pessoas que estão nele, não adianta - eu dependo de verdade dele. Nunca tive problemas para lidar com pressões, por pior que estivesse a situação, mas enquanto eu percebia que havia mais alguém brigando pra coisa dar certo, eu continuava motivado a continuar tentando e tentando e tentando, porque boa-vontade já é mais de meio caminho andado para conseguir algo. Poucas são os lugares que tem preocupação real de manter pessoas em condições em que se sintam minimamente satisfeitas, e grandes são as queixas quando estas refletem essa indiferença. Contraditória estas queixas, beirando a boçalidade, eu diria, tal a falta de senso para enxergar o óbvio.

A verdade é que eu larguei um trabalho (tarefa que você realiza porque gosta, e que com ela consegue tirar também seu sustento) porque ele acabou virando um emprego (lugar que você faz o que te mandam só para tirar seu sustento). Não sei se foi prudente ainda, apesar de sair com base para me sustentar por alguns meses sem problema algum, mas posso dizer que a sensação de alívio após dizer que quer se desligar da empresa "porque já não se sente mais a vontade nela" é uma coisa que acredito eu é totalmente sem preço.

Melhor que isso, foi só escrever uma carta de despedida simpática e ao acrescentar um P.S., (post scriptum, não um pronto-socorro) após a assinatura dizendo "eu já votei no Lula" numa empresa onde o principal sócio tem quase um enfarto sempre que ouve o nome do presidente, o nosso Frodo-dos-pobres.


posted by D. Vespa




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E apenas hoje o estupro ocorrido semana passada contra uma moradora do CRUSP teve seu (pequeno) lugar na mídia televisiva.

Já foi o oitavo - só não sei em qual período.
Não que oito estupros não seja muita coisa para acontecer numa cidade de estudantes de curso superior de alto nível, em qualquer intervalo de tempo que seja.

Farei um esforço para me lembrar do tipo de universitários que estamos formando da próxima vez que eu sonegar meu imposto de renda.


posted by Pinguim




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segunda-feira, março 13, 2006


Pensamento de Fim de semana

Acho estranho dizer que um cachorro está com "bicheira".

Sempre que me falam isso, imagino uma miniatura microscópica do Clodovil mordendo o traseiro peludo do pobre animal.


posted by Pinguim




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sexta-feira, março 10, 2006



Tanto quanto é conhecida a comparação entre tamanhos de pés e caralhos, assim o é a comparação entre tamanhos de testas e a área útil do jardim da vagina - leia-se: toda a carne em volta da danada, que não seja o cu, as virilhas ou a barriga.

Curioso começar a reparar também que, quanto maior a área entre a boca e o queixo, maior a distância entre os lábios vaginais direito e esquerdo.


Mas aproveitando a putaria... me disseram que um ótimo remédio paliativo para ejaculação precoce é, alguns instantes antes da gozada, socar o dedo indicador no períneo - região alcançada pelo espaço entre o ânus e os testículos.

Claro, urge-se um certo preparo psicológico antes de fazer tal teste, pois, na hora da afobação, é grande o risco de errar o dedo de lugar e atingir zona a princípio neutra.


Mas agora que se tornou lugar comum o fato de que homens podem sentir prazer com o próprio reto sem que sejam considerados, especificamente, homossexuais - não na minha concepção, diga-se de passagem - convém o uso de parcimônia ao tratar de assuntos reto-anu-intestinais.

Eu, por exemplo, fiquei sem saber como terminar esse post.


posted by Pinguim




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Utilidade pública (?!?)

E continuam ocorrendo casos de estupro na USP, sem que haja qualquer tipo de atenção por parte da mídia - essa, apenas se agita quando alguém da reitoria da instituição resolve cortar o dedo.


posted by Pinguim




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quinta-feira, março 09, 2006



Acredito piamente que, se o Luciano Szafir fizesse uma dupla com o Reinaldo Gianecchini, onde produzissem e estrelassem um programa ao estilo JackAss, seria o mais estrondoso sucesso já visto na TV brasileira.


posted by Pinguim




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Congratulações tardias

Só gostaria de parabenizar o Bardo pelo Dia Internacional dos mulherzinhas.


posted by Pinguim




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quarta-feira, março 08, 2006


Grandes traumatizados da história

Olavo Bilac, infância:

- Ô, lava o bilac! Hahahaha!

- Ô, lava o bilac!

- Vocês vão ver! Um dia vou ser poeta!

- Ah cala a boca! Você nem lava o bilac!


posted by D. Vespa




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terça-feira, março 07, 2006



Twilight Zone

Morando a mais de 3500 metros da central telefônica mais próxima, o sinal que chegava para o meu speedy - serviço de banda larga da Telefônica aqui em São Paulo - sempre foi uma bosta. A conexão nunca se manteve como a mais estável do mundo mas, salvo problemas isolados e demoras para realizar a primeira conexão, funcionava regularmente bem.

7 semanas atrás comecei a ter um problema curioso com o mesmo.
Em todos os dias úteis, a partir das 7 horas da manhã, meu modem perdia o sinal de sincronismo e assim ficava até o final da tarde.
Aos sábados, domingos e feriados, o problema não acontecia.

Como a região carece de opções de acesso, insisti em resolver o problema sem (poder) recorrer a algum serviço concorrente.

Ocorreram várias visitas de técnicos da prestadora até minha residência, todas elas sem nunca resolverem o problema.
Ora, o problema era com o modem - e eu trocava o modem. Ora, com a instalação interna - e eu subia no telhado para trocar os conectores e fios.

Semana passada, quando não havia mais simplesmente nada que eu pudesse trocar internamente, e o problema persistindo, abri nova reclamação junto a Telefônica, e solicitei que enviassem novamente alguém para ver o que ainda estava ocorrendo. Deixei claro que a visita deveria acontecer na parte da manhã, já que no final da tarde, normalmente, o problema desaparecia e tudo funcionava normalmente.

Ignorando minha recomendação, no final da tarde do mesmo dia um técnico apareceu, realizou alguns testes e, como era esperado, viu que estava tudo funcionando perfeitamente.
Apenas chamou a atenção para o fato do sinal estar se perdendo do poste telefônico em frente a minha casa até a parede onde o modem recebia o fio do telefone, fazendo com que ele ficasse no limite mínimo para sincronização.
Pela 34ª vez, expliquei que na parte da tarde o problema de falta de sincronização nunca ocorria. Ele, incrédulo, deu a entender que esse tipo de problema não era possível, devido a infra-estrutura utilizada para ceder o sinal na central. Insisti e pedi que ele me deixasse seu telefone, para que eu ligasse diretamente para ele no dia seguinte, pela manhã, quando o sinal caísse novamente - coisa que eu estava certo que aconteceria. Telefone anotado, aguardei até o dia seguinte.

Na manhã seguinte de uma sexta-feira, estranhamente, a queda de sinal, sempre tão pontualmente observada e logada pelo meu roteador, não aconteceu no horário previsto, chegando com um atraso de 4 horas.
As 11 da manhã liguei para o técnico, informando da queda de sinal e perguntando se ele poderia vir o mais rápido que pudesse para que conseguisse pegar o problema. Ele disse estar em um atendimento, mas que provavelmente conseguiria chegar entre meio-dia e meio e uma da tarde.

Aguardei até 13:30hs, e nada dele. Liguei novamente.
Disse que chegaria em 10 minutos. Esperei mais uma hora e nada.
Liguei novamente para dizer que precisava sair para fazer um serviço e que não poderia aguardá-lo, pedindo para voltar algum outro dia, já que não teria ninguém no local para recebê-lo mas, dessa vez, o telefone só dava caixa postal por falta de sinal.
Peguei minhas mala e saí para atender um cliente daqui de perto. No caminho, liguei na Telefônica, expliquei o acontecido e pedi que enviassem um técnico na segunda-feira pela manhã, sem falta, se possível.

Duas horas depois, enquanto eu estava fazendo a medição ôhmica de um cabo de rede, meu celular toca. A bina identifica o número da minha casa.
Atendo. É o técnico fujão, pendurado no poste telefônico, falando comigo através de um gato, e começa:


- Eu subi aqui no poste para verificar o sinal, e está normal. Você vai ter que trocar a fiação interna da sua casa para que o speedy funcione normalmente.

- Olha, eu troquei essa fiação inteira recentemente. Se tiver que trocar de novo, tudo bem. Mas da última vez que o sinal caiu durante o horário comercial, eu fiz um teste puxando um fio direto do modem até o poste para ter certeza que a nova troca resolveria o problema, mas ele persistiu.

- Mas você isolou direito as pontas? Se não isolar, o sinal se perde também...



(pura bobagem... fio de telefone funciona até com ponta molhada, desde que os terminais não se encostem...)


- Sim... eu estou acostumado a mexer com essas coisas, sei o que estou fazendo.

- Então, só refaça a instalação que vai funcionar direito. Garanto.

- Olha... quando eu fiz a reclamação na Telefônica, disse que o técnico deveria aparecer na parte da manhã. Você apareceu dois dias a tarde, assim não vai pegar o problema e não pode garantir muita coisa, concorda?

- Mas senhor, não existe variação de sinal da tarde para a manhã ou para a noite. Se está funcionando agora no poste e for puxado um fio novo, vai com certeza funcionar normalmente.

- Você escutou quando eu disse que já fiz isso e não resolveu? Não me importa o sinal que dá no poste... importa que meu modem sincronize e receba sinal, o que não acontece dentro do horário que eu já expliquei.

- Mas iria vir logo cedo se o senhor tivesse me chamado.

- Eu não chamei porque hoje, especificamente, o problema não aconteceu. Você iria fazer o que lá em casa? Tomar café?

- Senhor, não é necessário usar de grosseria.

- E também não é necessário me tratar como um panaca. Então, faça-me o favor de estar em casa na segunda-feira logo pela manhã. Comprarei alguns croissants e te farei um chá, e você fica lá esperando o maldito sinal cair para poder ver o porquê disso acontecer. Combinado?

- Sim Senhor, voltarei na segunda-feira cedo.

- Obrigado.



Desliguei e voltei para meus afazeres.


Dia seguinte, sábado, 11 da manhã.
Campainha toca, acordo para atender.
Um técnico da Telefônica diferente do abilolado do dia anterior aparece na frente da minha casa, dizendo estar atendendo um chamado para resover o problema do sinal do Speedy. Me chamou a atenção o carro que estava: um Fiat 147 amarelo, bem conservado até.

Contrariado, deixei-o entrar, e já ia explicando o problema todo pela 35ª vez quando, estranhamente, percebi que o speedy estava dessincronizado, fugindo do padrão registrado de "só cairás nos dias úteis, das 7:00 às 17:00".

Mostrando uma tremenda praticidade, o técnico, que dizia se chamar Wellington, puxou as ferramentas e começou a resolver o problema.
Ligou plugs, conectores RJ11, fios e padrões de teste.
De 30 em 30 minutos pedia que eu abrisse o portão para que ele fosse fazer alguma coisa nos postes da rua, próximos ao poste principal que trazia minha linha, e voltava dizendo coisas do tipo "tinha um nó duas avenidas abaixo roubando um pouco do sinal, mas consegui refazer o cabeamento e normalizou", pedia um copo de água e continuava trabalhando.

Ficou lá por umas 4 horas. Resolveu o problema completamente, com um discernimento técnico digno de mim (iééééééé).
Se despediu, deixando um número de telefone para o caso de voltar a acontecer algum problema.

Antes que fosse embora, comentei a respeito da discussão com o técnico anterior, perguntei se ele o conhecia e, quando respondeu positivamente, pedi que entrasse em contato avisando que não precisava comparecer na segunda-feira cedo. Me disse para ficar despreocupado e foi embora.


Dois dias depois, segunda-feira, 9 da manhã.
Campainha toca. Atendo.
O mesmo técnico abilolado da semana anterior aparece na frente da minha casa, conforme o combinado.

Perguntei se ele não havia conversado com o outro técnico. Expliquei que o problema tinha sido resolvido no sábado. Ele começou:


- Senhor, não temos técnicos disponíveis aos sábados para atender a esse tipo de chamada. Todos os que ficam de plantão atendem apenas chamados de emergência.

- Mas não é possível. Ele veio aqui 11 da manhã, estava com um carro com logotipo da prestadora e tudo o mais. Deixou telefone, disse que te conhecia e que ia dar o recado para você não ter que vir aqui hoje.

- Pode me passar esse telefone?



(entrei em casa para pegar o papel com o nome e telefone anotados por ele mesmo)


- Aqui está.

- Wellington?!?!?



(me olhou com uma cara de assustado, mais amarelo do que de qualquer outra cor)


- Sim, Wellington. Porque?

- Isso é alguma brincadeira?

- ????

- Senhor, o único Wellington que eu conheço que trabalhava para a Telefônica morreu há um ano.



(olhei para ele com uma cara de assustado, mais amarelo do que de qualquer outra cor)


- Isso é alguma brincadeira?!?!?

- Não senhor. Ele morreu fazendo um atendimento aqui nesse bairro. Trabalhou pouco tempo com a gente, acho que umas 7 semanas.
Era sempre muito pontual. Chegava no guichê de registro de atendimentos para pegar as Ordens de Serviço todos os dias as 7:00 da manhã, mas se recusava a ficar depois do expediente, as 17:00hs.

- Mas o que aconteceu com ele?

- Chegou umas 4 horas atrasado numa sexta-feira, e por isso teve que trabalhar no sábado para fazer um atendimento de emergência aqui perto, para cobrir o técnico que havia atendido uma chamada no lugar dele no dia anterior.
Parece que, enquanto fechava o armário de fios de uma quadra, foi atropelado por um Fiat 147 amarelo e morreu na hora...



Eu ainda não liguei para o número de telefone do papel.
E nem pretendo.



Moral da história: tem problemas com a Telefônica que só o Além explica...


posted by Pinguim




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segunda-feira, março 06, 2006



Papo rápido no MSN, numa dessas madrugadas aí...


- Que tá fazendo essa hora aí ainda?
- Trabalhando... terminando de atualizar um site.
- Credo. Que anormal. Onde já se viu trabalhar até quase duas da madrugada?
- E você, o que tá fazendo essa hora aí ainda?
- Tô esperando pra poder atualizar meu Fotolog.
- Ah tá...


posted by Pinguim




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Infâmia nossa de cada dia.

- Caramba, tô ligando no celular mas tá dando ocupado. Como assim, se eu liguei no telefone da casa e a mãe dele disse que já tinha ido dormir?
- Sei lá, vai ver ele fala dormindo...


posted by D. Vespa




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Cataploft

Só para sustentar a máxima de que o ano só começa após o Carnaval.


posted by Pinguim




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sexta-feira, março 03, 2006



Poucas vezes uma sexta-feira demorou tanto para chegar quanto essa.

Arre.


posted by D. Vespa




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Diagnósticos anteriores
Plástico bolha é a verdade, a luz e e caminho.